CPMI do INSS: presidente da Conafer defende atuação da entidade e pede retomada de atividades
Carlos Roberto Ferreira Lopes nega irregularidades e afirma que confederação atende mais de 2,9 mil municípios

Victória Melo
O presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Roberto Ferreira Lopes, iniciou seu depoimento à CPMI do INSS nesta segunda-feira (29) defendendo a atuação da entidade e pedindo o desbloqueio das atividades suspensas por decisão judicial.
Na abertura, destacou sua trajetória como “filho de camponês e de coronel do Exército” e disse que sempre pautou a vida pela “seriedade, transparência e compromisso”. Afirmou que a Conafer atua em áreas indígenas e no setor agrário com programas ambientais, de melhoramento genético e de apoio a aposentados.
Segundo Lopes, a entidade tem alcance em 27 estados e mais de 2 mil municípios. Ele pediu que os parlamentares confirmem, diretamente com prefeitos e agricultores, a presença da confederação nessas localidades.
“Não seria eu um insano em requerer esse desafio se não estivesse seguro das contribuições econômicas, sociais e políticas que fizemos neste país”, disse.
O dirigente criticou a decisão judicial de abril que bloqueou as operações financeiras e institucionais da Conafer. Segundo ele, a medida paralisou serviços em 2.950 municípios e deixou 1,2 mil funcionários sem trabalho. “Assusta a Conafer a agressividade do dia 23 de abril, quando sofremos um lockdown jurídico e financeiro”, afirmou.
Lopes pediu que, após sua oitiva, a CPMI aprove um requerimento para oficiar o Judiciário a fim de liberar as atividades. Ele negou irregularidades e afirmou que a confederação paga impostos e gera resultados concretos.
“Não é possível que quem abre de segunda a sexta, atende milhares de municípios e já pagou mais de 80 milhões de impostos federais seja de fachada", declarou.