Política

CPMI do INSS ouve Tonia Galleti, ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social

Advogada é assessora jurídica do Sindnapi — uma das entidades investigadas por suspeita de participação em descontos indevidos de aposentadorias e pensões

Imagem da noticia CPMI do INSS ouve Tonia Galleti, ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social
CPMI do INSS - Foto: Carlos Moura/Agência Senado
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS ouve nesta segunda-feira (20) a advogada Tonia Andrea Inocentini Galletti, ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) e assessora jurídica do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) — uma das entidades investigadas por suspeita de participação em descontos indevidos de aposentadorias e pensões.

Logo no início da sessão, Tonia negou qualquer cargo de direção no sindicato. “Não sou diretora, sou assessora jurídica”, afirmou. Segundo ela, o vínculo com o Sindnapi é de prestação de serviços e não de relação empregatícia.

O relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), questionou pagamentos e contratos ligados a pessoas da família da advogada e a empresas terceirizadas que prestaram serviços ao sindicato. Tonia respondeu que houve trabalho efetivo e que os repasses são compatíveis com as atividades desenvolvidas. “A gente trabalhou, e eu tenho provas robustas.”, disse.

A advogada afirmou ainda que o Sindnapi ampliou sua base de associados a partir de 2019, com um projeto de expansão voltado à prestação de serviços e benefícios aos filiados, e negou que tenha havido irregularidades. “O sindicato não é de mentira. Trabalhamos muito, dentro da legalidade”, declarou.

Durante o depoimento, Tonia também comentou o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que autoriza o desconto de mensalidades em folha. Segundo ela, o último ACT foi renovado em 2023, na transição de comando entre o ex-presidente João Inocentini — seu pai — e Milton de Souza Filho, que assumiu a presidência após a morte de Inocentini. Tonia disse não ter participado das negociações com o INSS.

Próximos depoimentos

Na sequência, a CPMI deve ouvir Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), também citada nas investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo as apurações, o grupo teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em descontos irregulares aplicados a aposentados e pensionistas entre 2022 e 2024.

+ Coluna da Basília: Vice-presidente da CPMI do INSS cobra depoimento de irmão de Lula: "Quem não deve, não teme"

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