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Política

CPMI do INSS: após consultar advogados, Nelson Wilians desiste de assumir compromisso de dizer a verdade

Advogado chegou a anunciar que aceitaria o termo, mas recuou e reafirmou direito de permanecer em silêncio.

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Advogado Nelson Wilians | Geraldo Magela/Agência Senado
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O depoimento de Nelson Wilians à Comissão parlamentar Mista de inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nesta quinta-feira (18), foi marcado por idas e vindas. O advogado se recusou a assinar o termo de compromisso de falar a verdade, amparado por decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe garantiu o direito ao silêncio.

Em seguida, após pressão dos membros da comissão, Wilians chegou a anunciar que aceitaria o compromisso. “Tudo que eu disse e disser é verdade, mas vou permanecer no direito de ficar calado”, declarou no plenário.

No entanto, depois de um intervalo solicitado por sua defesa, o advogado voltou atrás e confirmou que não aderiria ao termo. A decisão frustrou a expectativa de parlamentares, que insistiam em respostas sobre o esquema de fraudes na Previdência.

Negativas de envolvimento

Antes de permanecer em silêncio, Wilians negou conhecer Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, preso na operação da Polícia Federal (PF). Admitiu amizade com o empresário Maurício Camisotti, também preso, afirmando que a relação começou em 2015 de forma profissional e evoluiu para pessoal.

Ele voltou a negar qualquer participação nas fraudes. “Jamais me envolveria com algo tão sórdido. Lesar aposentados é um crime hediondo, um atentado contra a sociedade”, disse.

O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), questionou se a fortuna e a ostentação do advogado teriam relação com desvios do INSS. Wilians respondeu: “Não tenho nada a ver com o objeto da investigação.”

Mesmo alvo de busca e apreensão, o advogado elogiou a atuação da Polícia Federal. “A PF cumpre o seu papel. Assim como o Senado, o Congresso e o Judiciário, tem a função de apurar. Se achou que aquele era o caminho, é um direito dela. Eu não acho que errou, mas agora vou ter a oportunidade de apresentar documentos e argumentos com calma”, afirmou.

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