Cid afirma que Bolsonaro buscava fraude nas urnas para justificar golpe
Tenente-coronel diz que ex-presidente queria um documento “duro” contra o processo eletrônico de votação

Jessica Cardoso
O tenente-coronel Mauro Cid afirmou nesta segunda-feira (9) que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto buscavam detectar fraude nas urnas eletrônicas para justificar a tentativa de golpe de Estado em 2022.
“A grande expectativa era que fosse encontrada uma fraude nas urnas. Com a fraude nas urnas, poderia convencer as Forças Armadas a fazer alguma coisa”, disse Cid durante audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a trama golpista.
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O ex-ajudante de ordens também declarou que Bolsonaro pressionou o então ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira, em relação ao relatório que analisou o processo eletrônico de votação. Segundo Cid, Bolsonaro queria um documento “duro” contra as urnas eletrônicas.
As Forças Armadas indicaram representantes para participar de uma comissão de fiscalização das eleições de 2022, organizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O relatório entregue pelos militares não apontou fraudes no sistema eleitoral, mas sugeriu adaptações no sistema.