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Política

Controladoria proíbe Sérgio Camargo de ocupar cargos em comissão por 8 anos

Indicado por Bolsonaro para presidir a Fundação Palmares deve cumprir penalidade após denúncias de assédio moral

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Sérgio Camargo assumiu a presidência da Fundação Palmares em 2019 | Reprodução/Twitter
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A Controladoria-Geral da União (CGU) aplicou sanção ao ex-presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP) Sérgio Nascimento de Camargo. Ele fica impedido de ocupar cargos em comissão ou funções de confiança no Poder Executivo por oito anos. A penalidade foi aplicada após análise de denúncias de assédio moral. Camargo foi indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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A decisão foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (17). A CGU diz que foram comprovadas as acusações de “tratamento sem urbanidade a diretores e coordenadores, hierarquicamente subordinados, da FCP”, apontando comportamentos desrespeitosos, além de promover perseguição política e utilizar o cargo para contratação de terceirizados.

Auditoria

Em 2021, o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) manteve a decisão de 1ª instância da Justiça do Trabalho, que afastou Camargo das atividades relacionadas à gestão de pessoas da instituição para apuração de denúncias de perseguição e discriminação. Na ocasião, ele ficou proibido de nomear e exonerar servidores.

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Em três casos observados à época por uma auditoria da FCP, houve desligamentos "a pedido" sem que houvesse comprovação de motivação plausível. "A situação apresentada reafirma a fragilidade nos controles internos na gestão de pessoas da entidade", citava o documento.

Trajetória polêmica

Na presidência da instituição, Sérgio Camargo tentou mudar o nome de Fundação Palmares para Princesa Isabel, retirou os machados de Xangô do estandarte e atuou para banir do acervo obras de autores que julgou comunistas. Camargo também barrou homenagens a pessoas negras que eram opositoras ao antigo governo e retirou aquelas já consagradas.

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O caso mais célebre foi o da cantora Elza Soares, que morreu em janeiro de 2022. Seu nome foi excluído da lista célebre da Fundação, assim como o de outras 27 personalidades negras, entre elas o da escritora Conceição Evaristo e dos cantores Gilberto Gil e Martinho da Vila.

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