Brasil condena assassinato de jornalistas na Faixa de Gaza
Itamaraty afirma que ataque israelense viola o direito internacional humanitário e o exercício da liberdade de imprensa
Paulo Sabbadin
O governo brasileiro condenou, nesta segunda-feira (11), o assassinato de seis jornalistas palestinos, na Faixa de Gaza, em ataque realizado por Israel.
"O novo ato de flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa por parte das forças israelenses eleva para mais de 240 o número de jornalistas mortos em Gaza desde o início do conflito. A cifra é eloquente quanto às sucessivas violações cometidas no período contra profissionais de imprensa", diz a nota do Itamaraty.
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Os jornalistas, cinco deles da rede Al Jazeera e um freelancer local, estavam no hospital Al-Shifa quando foram atingidos por um bombardeio israelense.
Uma das vítimas é o jornalista Anas Al Sharif. O Exército de Israel afirma que a vítima chefiava uma célula militante do Hamas e estava envolvido em ataques com foguetes contra Israel.
A Al Jazeera nega as informações israelenses sobre Anas Al Sharif, que fez parte, em 2024 da equipe da Reuters que ganhou o Prêmio Pulitzer na categoria Fotografia de Breaking News pela cobertura da guerra entre Israel e Hamas.
Leia a nota do Itamaraty
O governo brasileiro condena com veemência o assassinato de seis jornalistas palestinos da rede Al-Jazeera, na Faixa de Gaza, Estado da Palestina, em ataque perpetrado pelas forças israelenses na noite de 10 de agosto. Os jornalistas foram atingidos por um ataque aéreo quando se encontravam em uma tenda junto ao hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza.
O novo ato de flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa por parte das forças israelenses eleva para mais de 240 o número de jornalistas mortos em Gaza desde o início do conflito. A cifra é eloquente quanto às sucessivas violações cometidas no período contra profissionais de imprensa.
O Brasil insta o governo de Israel a assegurar aos jornalistas o direito de desempenhar livremente e em segurança seu trabalho em Gaza, bem como a levantar restrições vigentes à entrada de profissionais da imprensa internacional no território.