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Política

Bolsonaro participa de motociata em Brasília, acena para apoiadores, mas evita discurso

Ausência de declarações do ex-presidente ocorre em meio a restrições impostas por Alexandre de Moraes e temor de novas medidas restritivas

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou na tarde desta terça-feira (29) de uma motociata em Brasília, mas permaneceu em silêncio durante todo o percurso. A manifestação reuniu centenas de apoiadores, com concentração no estacionamento do festival Capital Moto Week, realizada nesta semana na Granja do Torto.

Bolsonaro chegou ao local por volta das 15h30 e, diferentemente de outras motociatas, não pilotou uma moto. Ele subiu em um pequeno carro de som ao lado da esposa, Michelle Bolsonaro (PL), do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas).

Também participaram do ato parlamentares do PL como os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Hélio Lopes (PL-RJ) e o senador Marcos Rogério (PL-RO)

O ex-presidente acenou, sorriu para os apoiadores e seguiu o trajeto até a região da Rodoviária do Plano Piloto sem fazer discurso.

Ele permaneceu o tempo todo no carro de som que liderava o grupo e desceu do veículo por volta das 16h20 na rodoviária, onde cumprimentou os motociclistas antes de entrar em um carro e deixar o local.

A mobilização foi organizada por aliados como resposta ao estabelecimento de medidas cautelares a Bolsonaro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Vídeos compartilhados nas redes bolsonaristas chamavam a população para “ir à luta” em apoio ao ex-presidente.

Desde que correu o risco de ser preso após conversar com jornalistas e exibir a tornozeleira eletrônica em 21 de julho, Bolsonaro tem adotado uma atitude cautelosa e permanece em silêncio mesmo ao participar de atos públicos ou ao se deparar com jornalistas.

Na ocasião, Moraes entendeu que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares e alertou para o risco de prisão.

Após explicação da defesa, o ministro esclareceu que o ex-presidente não está proibido de dar entrevistas ou discursos públicos, mas alertou que qualquer uso de “subterfúgios”, como permitir que suas declarações sejam divulgadas por terceiros nas redes sociais, pode ser interpretado como uma tentativa de contornar as restrições impostas pela Justiça. Nessas circunstâncias, segundo Moraes, novas sanções poderiam ser aplicadas.

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