Assista: Anielle Franco diz, ao Perspectivas, que quer mapeamento de povos ciganos no Censo
Ministra da Igualdade Racial também comenta, em entrevista ao SBT News, investigações sobre morte de Marielle e cotas raciais em concursos públicos
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, é a convidada desta terça-feira (6) do programa Perspectivas e conversou com a jornalista Paola Cuenca sobre a Política Nacional para Povos Ciganos, a renovação das cotas raciais nos concursos públicos, as investigações da morte de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes, entre outros temas. Assista à entrevista no site e no canal do SBT News no YouTube.
+ Anielle Franco defende regulamentação das redes sociais: "Violência não cabe na democracia"
Sobre a Política Nacional para Povos Ciganos, lançada na última sexta-feira (2), Anielle destacou a importância da medida para essa população.
+ Anielle diz que nunca vai entender razão do assassinato de Marielle: "Culpados vão pagar"
"É realmente um passo inicial para conseguir entender quem é essa população, quais são as necessidades dela, para daí a gente conseguir formular políticas públicas. Então, esse plano traz os próximos passos para que a gente possa atender aos povos ciganos de forma concreta e a gente espera deixar tudo encaminhado até o final da nossa gestão", disse a ministra.
+ “Próximo passo são ações concretas”, diz Anielle Franco sobre Portugal e reparação por escravidão
Anielle ainda defendeu o mapeamento dos povos ciganos no próximo Censo Demográfico, o que ainda não é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O último estudo, feito em 2021, já incluiu quilombolas e ribeirinhos.
"Nós não tivemos ainda um Censo dos povos ciganos, por exemplo, como tivemos ano passado o primeiro Censo quilombola. O que temos de dados hoje? Por isso que, dentro desse plano, o IBGE é um dos nossos parceiros: para essa busca de dados", afirmou ela.
Plano
Segundo o Ministério da Igualdade Racial, a proposta é promover medidas intersetoriais para a garantia dos direitos dos povos ciganos. O plano foi estruturado em dez objetivos: combate ao anticiganismo; reconhecimento da territorialidade própria dos povos ciganos; direito à cidade, educação, saúde, documentação civil básica, segurança e soberania alimentar, trabalho, emprego e renda; e valorização da cultura.