Após adiamentos, Motta afirma que PNE será aprovado neste ano na Câmara
Governistas veem no atraso um recado ao Planalto, que tem interesse na aprovação, como mais uma demonstração da crise entre poderes


Basília Rodrigues
Após sucessivos adiamentos, o Plano Nacional de Educação (PNE) pode ser aprovado ainda neste ano, de acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O deputado foi homenageado em encontro da Frente Parlamentar da Educação, em Brasília, pela atenção com as pautas. Mas há cobranças no parlamento devido ao adiamento recorrente da votação da proposta.
"Vou conversar agora à tarde para ver o cronograma. O texto estava bem amarrado, tranquilo. A gente tem de votar durante o ano", disse a jornalistas.
Governistas veem no atraso um recado ao Planalto, que tem interesse na aprovação, como mais uma demonstração da crise entre poderes.
O plano prevê diretrizes para os próximos 10 anos na educação. Estabelece um planejamento educacional brasileiro compatível com padrões de qualidade, equidade e eficiência, com foco na erradicação do analfabetismo e na universalização do atendimento escolar.
Motta declarou que a Câmara conseguirá entregar para o Senado uma proposta "realista e com metas claras".
O presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação (FPME), Rafael Brito (MDB-AL), diz que manterá o foco na aprovação final do PNE nas duas Casas do Congresso e na implementação do Sistema Nacional de Educação.
"Nosso trabalho em 2026 será focado em garantir que o SNE (Sistema Nacional de Educação) e o novo PNE (Plano Nacional de Educação) não sejam apenas leis no papel, mas sim realidades que transformam o rumo da educação brasileira", disse.
A Comissão Especial da Câmara que analisa o PNE marcou sessão para próxima terça-feira (9).









