Política

Alcolumbre, Motta e Rogério Marinho se reúnem para tentar “salvar” PL da dosimetria

Articulação busca alternativa para evitar desgaste da Câmara e conter efeitos do texto aprovado sobre progressão de pena

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Davi Alcolumbre, Hugo Motta e Rogério Marinho | Reprodução

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniram hoje com o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) para debater alternativas ao PL da Dosimetria aprovado na Câmara. Além de beneficiar os condenados pelo 8/1, o texto abriu brechas para favorecer a progressão de pena para uma série de outros criminosos condenados por corrupção, exploração sexual e integrantes de organizações criminosas.

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Um aliado de Alcolumbre relata que é “preciso salvar a Câmara para não desmoralizar ainda mais Hugo Motta”. Quando Motta pautou a dosimetria na Câmara, Alcolumbre afirmou que o texto seria analisado pelo plenário do Senado. Foi obrigado a recuar diante da pressão de colegas como o presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), que exigiram o trâmite adequado para um projeto dessa importância. Agora, Alcolumbre e Motta negociam uma saída para o texto não ter que voltar à Câmara.

O senador Sérgio Moro (União-PR) confirmou ao Sbt News que a direita trabalha em uma emenda para focar os benefícios somente aos condenados pela tentativa de golpe de Estado.

Já outro grupo, encabeçado pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), vai lutar para derrubar o PL da Dosimetria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ_ e apresentar um substitutivo reduzindo penas para os depredadores do 8/1, mas sem beneficiar os mandantes da trama golpista. O senador vai apresentar um voto em separado pela rejeição da dosimetria. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse à coluna que o “texto da Câmara é um estímulo ao crime e merece ser arquivado”. O temor é que mesmo se aprovada a emenda, o texto volte para a Câmara e seja novamente alterado.

Já parlamentares da esquerda querem derrubar a dosimetria sem qualquer tipo de benefício para os condenados, sejam os bagrinhos ou os peixes grandes.

Esse é o clima de conflagração na CCJ. Como sempre, o árbitro será o centro.

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