Alckmin diz que 22% das exportações estão com tarifas de 50%: "Queremos excluir mais produtos"
Segundo o presidente em exercício, antes da medida de Trump, 36% das exportações do Brasil estavam sujeitas a tarifas recíprocas e adicionais

Gabriela Vieira
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (21) que 22% dos produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos seguem com tarifa de 50%. "Estávamos com 36% de produtos com tarifa de 50% e reduzimos para 22%", acrescentou.
No entanto, comemorou a decisão do presidente norte-americano Donald Trump que determinou a retirada da tarifa de 40% aplicada à importação de determinados produtos agrícolas brasileiros.
"Quando começou (o tarifaço), tínhamos 36% da exportação brasileira pagando tarifa cheia. Gradualmente, já tivemos duas decisões anteriores (que ampliaram isenções); alguns produtos foram saindo, como celulose, ferro, suco de laranja; alguns passaram para a sessão 232, por exemplo (em que todos os demais países estão), como madeira cerrada e alguns tipos de armário. Agora, nesta decisão de ontem, nós tivemos o maior avanço", afirmou em coletiva no Palácio do Planalto.
A decisão de Trump marca o primeiro avanço nas negociações entre Brasil e Estados Unidos, incluindo 238 produtos fora das tarifas. Segundo o presidente em exercício, a decisão é uma "vitória do diálogo".
Alckmin disse estar "otimista" com o avanço, mas deixou claro que "o trabalho não terminou, mas avança com menos barreiras". "Alguns produtos alimentares, como pecado, mel e uva, e produtos industriais ainda estão no tarifaço", afirmou.
Ele também disse que as conversas estão em andamento: "O presidente Lula colocou que não tema proibido. O Brasil é sempre aberto. Você tem questões tarifárias e não tarifárias".








