8 de janeiro: Maioria dos brasileiros é contra anistia a envolvidos nos atos golpistas, mostra Datafolha
Pesquisa mostra também que 65% acham que ataques foram vandalismo e 30% acreditam ter sido tentativa de golpe
Pesquisa do Datafolha divulgada nesta sexta-feira (29) mostra que a maioria dos brasileiros (63%) é contra conceder anistia a pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
São a favor do perdão 31% dos entrevistados. Dois por cento se disse indiferente e 4% não opinaram.
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No total, 2.002 pessoas de 16 anos ou mais foram entrevistadas em 147 municípios brasileiros nos dias 19 e 20 de março. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou menos.
A pesquisa mostra ainda que a invasão de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes, em Brasília, é interpretada como atos de vandalismo por 65% dos brasileiros. Para 30% da população, a ação foi uma tentativa de golpe de Estado. Dentre os ouvidos, 5% não souberam opinar.
Polarização Lula x Bolsonaro
A pesquisa também reforçou o cenário de polarização na política brasileira, com petistas e bolsonaristas com opiniões distintas sobre os atos de 8 de janeiro.
De acordo com o Datafolha, 77% dos entrevistados que disseram ter votado em Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022 acham que o ocorrido foi um episódio de vandalismo, enquanto essa é a opinião de 52% dos que votaram no presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dentre os que votaram em Lula, 46% acham que houve uma tentativa de golpe, enquanto apenas 16% dos bolsonaristas concordam com essa tese.
Questionados pela preferência partidária, 45% dos que se consideram petistas dizem que foi uma tentativa de golpe. Já 78% dos que dizem preferir Bolsonaro citam que foi ato de vândalos.
Opinião sobre Alexandre de Moraes
O Datafolha apurou ainda a opinião dos brasileiros sobre a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O magistrado é o responsável pelos casos decorrentes dos atos de 8 de janeiro.
A pesquisa mostra que 37% aprovam o trabalho de Moraes, 33% reprovam e 24% consideram a atuação do ministro regular.