Após usar avião da FAB, Anielle Franco rebate críticas: "Não chegamos ontem"
A ministra esteve em São Paulo, onde lançou ação contra racismo no futebol
Cristiane Ferreira
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, tem sido alvo de críticas da oposição por ter utilizado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar de Brasília a São Paulo, onde assinou um protocolo de combate ao racismo durante a final da Copa do Brasil.
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A partida, realizada no último domingo (24.set), entre São Paulo e Flamengo, no estádio do Morumbi, foi palco de uma ação de colaboração entre os ministérios do Esporte, Direitos Humanos e Cidadania e da Igualdade Racial, que tem como objetivo a promoção de canais de denúncias contra o racismo no futebol.
Em suas redes sociais, Anielle demonstrou indignação e justificou a solicitação de utilização da aeronave para a sua viagem, por se tratar de um compromisso de trabalho, em nome do governo e da pasta que representa.
"É inacreditável que uma ministra seja questionada por ir fazer o seu trabalho de combate ao racismo e cumprir o seu dever. Vemos que as noções estão invertidas quando avançamos em um acordo histórico de enfrentamento ao racismo e somos criticados por isso. O que de fato incomoda?", afirmou.
Em postagens, no seu perfil na rede social X (antigo Twitter), a ministra continuou:
"Importante reconhecer que práticas de desinformação, manipulação da verdade e a divulgação de noticias falsas configuraram violência política de Gênero e Raça, na tentativa de impedir o nosso trabalho. Não são ataques à este ministério ou a mim, mas ao povo brasileiro.
Não chegamos ontem. Estamos há muitos anos nessa caminhada e esse acordo está sendo elaborado desde fevereiro. Para todos que têm boa fé, convido que conheçam mais o trabalho que o Ministério da Igualdade Racial está fazendo em conjunto com o dos Esportes e da Justiça.", cravou.
O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ), criticou a atitude de Anielle e associou a ida da ministra à partida ao fato de ela ser torcedora do Flamengo.
"É só coincidência ela ter ido justo no dia da final sendo ela flamenguista, gente. Ela não pôde ir em momento algum antes disso. E o brasileiro segue pagando as viagens a lazer de Lula e seus ministros", disparou.
