Exército fecha frente do quartel e barra bolsonaristas e até a PM
Com saída de parte das pessoas para ato que terminou em vandalismo, na Praça dos Três Poderes, barricada isola área
O Exército aproveitou a saída dos golpistas que participaram dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes, neste domingo (8.jan), do acampamento montado na entrada do quartel general, em Brasília, para isolar a área com uma barricada física, que inclui barreiras, soldados, ônibus e até blindados. Após a bandalheira montada, o grupo que estava acampado voltou ao local, mas foi barrado.
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O bloqueio impediu até mesmo equipes da Polícia Militar do Distrito Federal de entrar no local, um gramado que é usado como estacionamento, em frente ao QG do Exército. Como é área militar, o domínio é das Forças Armas e não pode ser invadido.
No local, ainda ficaram manifestantes e as estruturas do acampamento, montado desde o dia 31 de outubro, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições. Os golpistas protestam contra a vitória do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e defendem bandeiras antidemocráticas, como fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e intervenção militar.
O Exército e a PM do DF devem organizar uma desocupação definitiva do local nesta madrugada. A retirada do acampamento deve ser feita ainda nesta 2ª feira (9.jan).
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), na noite de ontem (8.jan), por 90 dias. O presidente Lula havia decretado, horas antes, intervenção federal na Segurança Pública de Brasília, depois da invasão do Congresso, do Planalto e do prédio do STF.
O governador afastado havia demitido, ainda durante a tarde, o secretário de Segurança recém-empossado, Anderson Torres, que foi ministro da Justiça do governo Bolsonaro.