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7 de Setembro no DF teve drones no céu, snipers e cães farejadores

Segurança reforçada e ambiente controlado afastaram risco de incidentes registrados no passado

7 de Setembro no DF teve drones no céu,  snipers e cães farejadores
Sete de Srtembro
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Do telhado da Biblioteca Nacional, um agente do setor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal controla um drone que sobrevoa pontos de atenção, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, durante as celebrações do Bicentenário da Independência. Em diversos outros pontos da área que foi tomada por pessoas -- boa parte com roupas nas cores verde a amarelo --, outros policiais fazem o mesmo. Parte do amplo esquema de segurança montado para o evento.

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Drones, cães farejadores, atiradores de elite, snipers posicionados no topo dos edifícios, câmeras, agentes infiltrados, bloqueios e muita atenção e presença ostensiva de policiais. A comemoração do Dia da Independência, na capilta federal, nesta 4ª feira (7.set), teve segurança reforçada e praticamente nenhum incidente de maior proporção. 

Mais de 1,3 mil policiais foram convocados e 3,1 mil militares (do Exército, Marinha e Aeronátutica) participaram do desfile, que comemorou o Bicentenário da Independência.

A Polícia Militar do DF não divulgou a estimativa de público, mas milhares de pessoas lotaram a Esplanada dos Ministérios para assistir o evento e para apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) -- candidato à reeleição.  

  

Policia
Observadores em cima de prédio da Esplanada | Fernando Jordão/SBT News

Camisetas, bonés, bandeiras e muito verde-amarelo -- em alusão à bandeira -- por todos os lados. A comemoração do Bicentenário teve tom de ato político e eleitoral. Sem os demais chefes dos Poderes -- os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) -- e sem o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, no palco oficial do evento, Bolsonaro foi a um trio elétrico no final do desfile e discursou como candidato.

Além da PM, atuaram a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), e a Força Nacional. Havia a preocupação com possível invasão ou ataques aos prédios do Supremo e do Congresso.

A decisão do governo de liberar a entrada de caminhoneiros no evento, contrariando ordem do governo do DF, que havia isolado a área para a classe -- após problemas registrados em 2021 --, gerou ainda mais tensão, às vésperas do evento. Mas nenhum problema foi registrado. 

.+ MPF pede que 7 de Setembro não seja confundido como ato político

O reforço na segurança foi planejado pelas forças de segurança e monitorado pelo MInistério Público e pela Justiça. O STF, por exemplo, que foi alvo de ataques em outros anos, reforçou o efetivo e adotou planejamento inédito para o evento deste ano. Um dos principais alvos dos ataques de Bolsonaro e apoiadores, os ministros da Corte cobraram dos setores de segurança atenção redobrada.

Além do monitoramento em tempo real, pelos drones, que, a cada suspeita detectada, levantavam voo para verificar e fazer imagens do fato, observadores e atiradores ficaram posicionados em pontos estratégicos ao longo da Esplanada. 

pm
PM apreende celulares furtados no DF | Divulgação/SSPDF

A Secretaria de Segurança Pública do DF coordenou a operação integrada, entre forças estaduais e federais. Com informações de inteligência que precederam o evento, que indicavam possíveis conflitos, e ações de financiamentos de manifestações sob investigação, as autoridades atuaram em estado de alerta máximo durante o evento.

"Toda a movimentação no dia de hoje ocorreu dentro da normalidade e de acordo com o planejamento elaborado. Foi um trabalho minucioso, feito a partir de análises constantes da movimentação do público, para garantir a segurança dos participantes, a mobilidade urbana e a preservação do patrimônio público", afirmou o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo, em nota divulgada pela pasta.

"Toda a região central foi monitorada em tempo real, por meio das câmeras de videomonitoramento distribuídas pela Esplanada e proximidades, por drones da SSP/DF e por pontos de observação instalados em locais estratégicos."

Atuaram no reforço as tropas especializadas da PM: Cavalaria, Batalhão de Choque e o Batalhão de Policiamento com Cães. Houve revistas em pontos estratégicos da Esplanada e foram recolhidos, segundo a PM, materiais não autorizados para o evento: hastes de bandeiras feitas com madeira e cano de PVC, pedaços de madeira utilizados como suporte de banner, materiais perfurocortantes, aerossóis e cadeiras portáteis com materiais frágeis.

"Nenhuma briga ou rompimento de barreiras policiais foram identificadas pela corporação." Foram registradas ocorrências de furto e pequenas confusões, mas nenhum grande conflito, desordem ou atentados. A Polícia Militar do DF chegou a abordar um ônibus e apreendeu 12 aparelhos celulares roubados com alguns criminosos.

Entre ocorrências corriqueiras em grandes eventos, foram registrados dez crianças que se perderam, um furto de carteira com documentos pessoais, 35 atendimentos dos Bombeiros, por mal súbito e queda, sem feridos. Por volta das 15h, a concentração de pessoas na Esplanada havia se dispersado, segundo a SSP. 

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