PF aposta em inteligência e reforços para segurança de presidenciáveis
Polícia apresentou plano de proteção aos candidatos: R$ 75 mi investido e mais de 300 homens
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A Polícia Federal terá pelo menos 300 policiais mobilizados para fazer a segurança dos candidatos à Presidência nas eleições de 2022. O plano para garantir a proteção dos presidenciáveis, que inclui investimentos de mais de R$ 57 milhões, treinamento específico para a equipe, grupo de inteligência, foi apresentado nesta 3ª-feira (31.mai) para representantes das candidaturas, na sede da PF, em Brasília.
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"É notório que é uma eleição que até o momento vem se mostrando bastante polarizada, uma eleição que vem despertando sentimentos fortes de paixão, seja para o bem ou não. Então isso é fato, que é uma eleição polarizada, mas isso não implica dizer, necessariamente, que é uma eleição com maior risco", afirmou o diretor-executivo da PF, Sandro Avelar.
"A gente está se preparando e se dedicando para fazer um bom trabalho, mesmo em um ambiente onde haja tanta paixão. Estamos preparados para fazer uma eleição tranquila", Sandro Avelar, diretor-executivo da PF
A PF estima gastos de R$ 25 milhões com o operacional do plano e outros R$ 32 milhões de para compra de 71 novas SUVs blindadas, coletes à prova de bala e pastas à prova de bala - que não era usada pela PF.
Uma instrução normativa publicada em setembro de 2021 estabelece as diretrizes para a segurança dos candidatos nas eleições. Com a homologação da candidatura em convenção partidária, os presidenciáveis já têm o direito à segurança pessoal por meio de agentes da PF. Os trabalhos das equipes começam em 16 de agosto, com início da campanha, mas o grupo trabalha internamente há meses. O responsável é o delegado Thiago Marcantonio Ferreira, chefe da coordenadoria de Proteção à Pessoa.
"Vamos trabalhar a partir de um sistema integrado de proteção aos presidenciáveis", afirmou Marcoantonio. "A Polícia Federal se qualificou e especializou seu efetivo para ter um atuação melhor do que de 2018. E tenho certeza que 2026 será melhor que esta de 2022, seguindo a lógico de sempre evoluir e aperfeiçoar."
Além dos policiais que ficarão 24 horas na segurança dos candidatos na campanha, um grupo integrado, que inclui uma equipe de inteligência, para fazer trabalho preventivo para eventuais ameaças e monitoramento e identificação de ameaças aos candidatos, reforçará o trabalho. "A partir dessas informações a gente pode identificar eventuais ameaças à integridade física daquele candidato e neutraliza-las. É um trabalho de inteligência sendo feito para subsidiar a atuação em campo das equipes."
Nas eleições de 2018, o principal episódio que marcou a campanha foi a facada no presidente, Jair Bolsonaro (PL), em Minas. Agora como presidente, sua segurança ficará sob responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O advogado Cristiano Zanin, que representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esteve na reunião desta 3ª, na sede da PF em Brasília, para conhecer os detalhes do plano da PF.