Polícia

Seis advogados são presos por fraude contra idosos; prejuízo é estimado em R$ 30 milhões

Grupo é acusado de liderar esquema que enganava aposentados; golpes foram aplicados em ao menos cinco estados

Imagem da noticia Seis advogados são presos por fraude contra idosos; prejuízo é estimado em R$ 30 milhões
Operação Entre Lobos foi deflagrada pelo Gaeco de cinco estados
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Seis advogados foram presos na terça-feira (22) durante a Operação Entre Lobos, coordenada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de cinco estados. O grupo é acusado de integrar uma quadrilha que fraudava aposentados, causando prejuízos que podem ultrapassar R$ 30 milhões.

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A investigação identificou 17 suspeitos e resultou no cumprimento de 13 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão, em 13 cidades de Alagoas, Bahia, Ceará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Segundo o MP, pelo menos 215 vítimas foram confirmadas, com perda de R$ 5 milhões. No entanto, a estimativa é de que mais de mil idosos tenham sido enganados. A média de idade das vítimas é de 69 anos.

A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 32 milhões em contas bancárias e a apreensão de 25 veículos.

O esquema era liderado por cinco advogados, dois presos em Fortaleza, dois em Salvador e um em Chapecó (SC). Um deles é apontado como o mentor do esquema, responsável pela parte operacional e digital da fraude.

Como os golpistas agiam?

O golpe funcionava por meio de um falso instituto chamado Defesa do Aposentado e Pensionista (IDAP), que atraía aposentados e os fazia assinar contratos de cessão de crédito judicial por valores muito abaixo do que tinham direito.

As vítimas, que eram abordadas em casa, pela internet ou na rua, acreditavam estar contratando um serviço legítimo de revisão de dívidas bancárias.

As cessões eram firmadas em nome de empresas de fachada, como a Ativa Precatórios (SC) e a BrasilMais Precatórios (CE). Apenas uma pequena parte dos valores recebidos na Justiça era repassada aos clientes, em alguns casos, menos de 10%.

Documentos apreendidos mostram como os lucros eram divididos entre os integrantes do esquema. Em um dos exemplos, uma vítima que tinha direito a receber R$ 146 mil na Justiça teve repassado apenas o valor de R$ 2,5 mil por meio da cessão fraudulenta de créditos.

O MP segue buscando novas vítimas. Quem suspeitar ter sido prejudicado deve entrar em contato com a Promotoria de Justiça da Comarca de Modelo (SC) pelo WhatsApp (49) 99200-7462, pelo e-mail ouvidoria@mpsc.mp.br ou pelos telefones (48) 3229-9306 e 127.

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