Polícia

Quadrilha seduzia vítimas para conseguir transferências bancárias em "golpe do amor"

Investigadores chegaram a suposta líder da quadrilha após namorado fornecer endereço

Imagem da noticia Quadrilha seduzia vítimas para conseguir transferências bancárias em "golpe do amor"
fachada da delegacia de homicidios e proteção a pessoa, que fica no palácio da polícia, sede da polícia civil em são paulo
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Uma força tarefa da Polícia Civil realizou uma mega operação, nesta sexta-feira (7) contra uma quadrilha especializada no golpe do amor. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na zona leste da capital paulista, Mogi das Cruzes e em Suzano, ambos da Grande São Paulo.

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O SBT acompanhou a operação que foi realizada pelo Garra/Dope, Grupo de Operações Especiais (Goe), a Divisão Antissequestro e com agentes da polícia civil da Bahia.

De acordo com as autoridades, a quadrilha é liderada por uma mulher que comandava comparsas a se passarem por estrangeiros, procurando vítimas em situação de vulnerabilidade emocional, conhecido como golpe do amor ou estelionato sentimental.

O prejuízo causado pela quadrilha teria passado dos R$ 300 mil. Apenas uma das vítimas teria perdido cerca de R$ 25 mil. As investigações começaram com essa vítima.

Segundo a apuração, o inquérito policial correu por um ano e meio após essa vítima de Pirapozinho, no interior de São Paulo, relatar ter sido enganada por um indivíduo que se apresentava nas redes sociais como "Lyncon Brown", suposto residente em Damasco, na Síria. O golpista mantinha um relacionamento virtual com a vítima e a convencia a realizar transferências bancárias sob o pretexto de liberar bens e encomendas enviadas ao Brasil.

Durante a apuração, a equipe policial identificou quatro suspeitos de participarem do esquema. Com a quebra dos sigilos bancário e telefônico dos golpistas, os investigadores constataram a movimentação e distribuição dos valores obtidos com o golpe entre contas ligadas aos investigados, evidenciando indícios dos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Durante a operação, um dos averiguados foi encontrado de cueca. O namorado da chefe da quadrilha foi localizado e dedurou o paradeiro da suspeita. No local, os agentes conduziram a suposta líder da quadrilha para a delegacia, onde os investigadores vão cruzar informações, podendo pedir a prisão dela. A mulher, que estava com uma criança de menos de seis anos, nega envolvimento.

O nome "Lyncon Brown" faz referência ao pseudônimo utilizado pelo golpista para enganar as vítimas, simbolizando o trabalho da Polícia Civil no enfrentamento a crimes cibernéticos e fraudes sentimentais, que exploram a confiança e a emoção das pessoas.

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Participam da operação mais de 20 policiais civis, entre delegados, investigadores, agentes e escrivães por intermédio da Delegacia de Polícia de Pirapozinho.

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