Prefeitura na Bahia seleciona empresa fantasma para serviço de educação em R$ 8 milhões
Operação da Polícia Federal apura se houve corrupção; suspeita de superfaturamento de R$ 3 milhões
Derick Toda
A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU), iniciaram uma operação, nesta quarta-feira (11), contra a prefeitura de Santaluz, na Bahia, suspeita de desviar dinheiro da Educação com a contração de uma empresa fantasma para transporte escolar no valor de mais de R$ 8 milhões.
Estão sendo cumpridos doze mandados de busca e apreensão nas cidades baianas de Santaluz, Conceição do Coité, Capim Grosso, Itiúba, Senhor do Bonfim e Várzea da Roça.
A investigação identificou que a prefeitura abriu um pregão eletrônico, em 2022, para a empresa realizar 89 rotas na cidade. No entanto, a prestadora de serviço escolhida não possuí um único funcionário registrado em seu quadro e é proprietária de apenas cinco veículos, o que seria insuficiente para a execução do contrato.
Como a empresa foi escolhida?
Em um primeiro momento, a empresa teria sido a vencedora da licitação após apresentar a proposta de maior valor, em comparação com as outras que disputavam o certame. A PF acredita que houve um superfaturamento de quase R$ 3 milhões.
No entanto, durante a investigação, foi constatado que algumas das empresas que teriam perdido a licitação receberam um pagamento do grupo empresarial vencedor.
Crime
"Os investigados vão responder pelos crimes de responsabilidade de prefeito, fraude à licitação, além de corrupção ativa e passiva e lavagem de capitais", disse a PF.