Policial que entrou em confronto morre e é a quarta vítima do atirador de Novo Hamburgo
Rodrigo Weber Voltz foi atingido por três disparos de arma de fogo, estava há cinco anos na Brigada Militar e deixa esposa
A Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul informou que o soldado Rodrigo Weber Voltz, de 31 anos, morreu, nesta quinta-feira (24). O policial combateu o atirador Edson Fernando Crippa e foi atingido por três disparos de arma de fogo, sendo um dos doze atingidos durante o tiroteio que começou na terça-feira (22) e se estendeu pela manhã de quarta-feira (23), em Novo Hamburgo.
Ao todo, quatro pessoas morreram, incluindo o pai e o irmão do atirador, Eugênio Crippa e Everton Crippa, respectivamente, além do colega de farda Everton Kirsch Júnior, que também atuou na ação.
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A polícia foi acionada após uma denúncia de que dois idosos eram mantidos em cárcere privado pelo próprio filho, na casa da família. Os militares tentaram negociar com o homem, que deu início ao confronto armado.
O atirador Edson Crippa foi diagnosticado com esquizofrenia. Ele conseguiu, em 2007, o registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e tinha quatro armas registradas: duas pistolas, uma espingarda e um rifle.
Segundo a Polícia Civil do estado, a última internação dele ocorreu, em 2008, por conta do transtorno.
A Polícia Federal recomendou ao Conselho de Psicologia que fosse instaurado um procedimento administrativo para verificar como uma pessoa com o distúrbio conseguiu o laudo para licença das armas.
O policial Rodrigo comemorou o aniversário no começo do mês e deixa esposa. Ele entrou na Brigada Militar, em 2016, e atuava no 3º Batalhão, na cidade.
"A instituição reforça seu comprometimento para com a família, amigos e colegas de farda dos nossos heróis brigadianos", declarou a Brigada Militar.