Polícia prende um dos suspeitos de roubar obras de arte da Biblioteca Mário de Andrade

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira (8) um homem suspeito de envolvimento no roubo de obras de arte da Biblioteca Mário de Andrade, localizada na região da República, no centro da capital. O suspeito foi localizado por equipes da 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco).

+ Polícia Federal mira agentes públicos por vazamento de informações a facção criminosa

O crime ocorreu no domingo (7), quando dois homens armados renderam vigilantes e levaram obras pertencentes a uma exposição colaborativa entre a biblioteca e o Museu de Arte Moderna (MAM). As obras são de Henry Matisse e Candido Portinari.

Segundo a Polícia Civil, equipes da Cerco continuam nas ruas para tentar recuperar as peças roubadas e prender o outro assaltante, que está foragido. A dupla invadiu o local, considerado a maior biblioteca do país, rendeu um vigilante e um casal de idosos, e colocou documentos e oito quadros em uma sacola de lona antes de fugir pela saída principal.

+ Operação mira influenciadores que promovem "rachas" e "grau" no Rio

A Polícia Militar foi acionada logo após o assalto e realizou buscas na região, mas não encontrou os criminosos. O caso foi inicialmente registrado no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, e agora é investigado pela 1ª Cerco. O homem preso nesta segunda-feira está sendo encaminhado à delegacia, onde o caso será novamente formalizado.

Obras na Interpol

A Prefeitura de São Paulo comunicou a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) por meio da Polícia Federal, o roubo das obras de arte. A notificação às autoridades federais e internacionais ocorreu ainda no domingo. O material enviado inclui informações detalhadas e registros fotográficos de todas as peças subtraídas.

Segundo a administração municipal, a Interpol mantém um aplicativo e um banco de dados global para rastrear obras de arte roubadas. A Prefeitura também comunicou o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), por meio do Cadastro Nacional de Bens Musealizados Desaparecidos (CBMD), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), via Banco de Bens Culturais Procurados, e a Associação de Galerias de Arte do Brasil (AGAB).