Polícia prende suspeito de envolvimento em morte de jovem durante assalto em SP
Beatriz Munhos foi baleada na cabeça durante ação criminosa enquanto acompanhava o namorado e o pai; polícia investiga segundo envolvido
Agência SBT
A Polícia Civil confirmou, nesta segunda-feira (3), a prisão do suspeito de envolvimento no assalto que acabou na morte da jovem Beatriz Munhos, de 20 anos, durante um assalto na noite de sábado (1º), no bairro Sapopemba, na zona leste de São Paulo.
A prisão foi feita por agentes do 69º Distrito Policial, que localizaram Lucas Pereira, de 18 anos, próximo ao local do crime.
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De acordo com a polícia, o jovem era quem pilotava a moto no momento do assalto. Beatriz e família haviam ido até o local para vender um drone, que havia sido negociado pela internet com um suposto comprador. No entanto, tudo indica que a venda era uma emboscada.
Durante o assalto, o atirador na garupa apontou a arma para o namorado de Beatriz, Leonardo. A jovem reagiu para tentar defendê-lo e foi atingida na cabeça.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) informou que a investigação segue em andamento.
O caso
Beatriz Munhos, de 20 anos, morreu após ser baleada na cabeça durante um assalto na noite do último sábado (1º), em Sapopemba, zona leste de São Paulo. A jovem aguardava um suposto comprador de um drone quando dois suspeitos em uma motocicleta, sem placa, anunciaram o roubo.
Segundo a polícia, Beatriz e família saiu de carro do interior de São Paulo rumo à capital para finalizar a venda do drone, avaliado em R$ 27 mil.
Enquanto esperavam o suposto comprador no local combinado, dois homens em uma moto chegaram e renderam Leonardo e Lucas, que aguardavam fora do veículo.
Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que os criminosos foram em direção ao carro, onde estava Beatriz. A jovem saiu do veículo jogando spray de pimenta contra o suspeito. Neste momento, o homem atirou na cabeça dela.
"Ela era uma menina de 1,48. Era só ter empurrado ela, não precisava ter matado minha filha. (...) Ela foi morta covardemente. (...) Eu perdi minha filha de uma maneira extremamente trágica. Fui vítima de um golpe... nós que somos pessoas do bem às vezes temos essa ingenuidade de não perceber. (...) Eu acabei perdendo minha filha por minha bondade, essa ingenuidade", lamentou.
Quem era Beatriz?
Beatriz Munhos era de Sorocaba, no interior de São Paulo. Ela tinha 20 anos e fazia graduação em farmácia. Lucas disse que a filha vivia ajudando ele e a esposa, Larissa.
A jovem namorava Leonardo há 3 anos e planejava casar e ter filhos. "Uma menina sem maldade, uma menina pura. Ela sempre foi de querer ser durona, ela sempre queria o bem de todos", afirmou o namorado ao comentar o fato dela ter tentado defendê-los.
Segundo Leonardo, Beatriz sempre cuidou das medicações dos avôs e gerenciava tudo em casa. "Ela só queria defender a gente", destacou.
Família marcou de finalizar a compra do drone pessoalmente
Leonardo reforçou que acredita que toda a negociação pela internet foi um golpe. "A polícia disse que o mesmo perfil, a mesma foto, já cometeram o mesmo crime no mesmo ponto de referência. A gente foi na honestidade, na inocência, já tínhamos vendido assim mais vezes. (...) Ele sabia que era eu, porque foi comigo que eles tinham contato", relatou.
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"Eles nem sabiam que tinha gente no carro. Eu ia entregar o equipamento e estava tudo certo, eles iam embora. Eles queriam o drone que eu estava vendendo. (...) Eu tava voltando pro carro porque ele queria justamente o drone. (...) Foi tudo muito rápido, não deu tempo de nada", declarou Leonardo.
Ele também destacou que as negociações pela internet não deixaram suspeitas, pois o homem falava que já trabalhava com drones e mapeamento. O suposto cliente também afirmou que pagaria o equipamento via Pix.
Segundo Lucas, o suposto comprador do drone se comunicou pelas redes sociais e pelo WhatsApp: "Por ser uma pessoa boa, às vezes a gente acaba sendo ingênuo em algumas situações. A pessoa que falava conosco, eu creio que não necessariamente foram as que executaram o assalto, mas fazia parte da quadrilha, pois falava termos técnicos do equipamento".
"Quantos mais vão ter que sofrer? Quantas mães vão ter que chorar nos corpos de seus filhos?", questionou.
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