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Quem era Beatriz Munhos, jovem morta em assalto após usar spray de pimenta para defender pai e namorado

Criminoso atirou na cabeça da jovem, que morreu aos 20 anos; caso aconteceu em Sapopemba, zona leste de SP

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Jovem de 20 anos é morta a tiros durante assalto em SP. | Reprodução
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A jovem Beatriz Munhos foi enterrada nesta segunda-feira (3) após ser baleada durante um assalto em Sapopemba, zona leste de São Paulo. O pai, Lucas Munhos, e o namorado dela, Leonardo Silva, presenciaram o momento em que a vítima foi baleada.

Beatriz foi atingida na cabeça e levada ao Hospital Estadual de Sapopemba, mas não resistiu aos ferimentos. A família estava na rua para vender um drone, que havia sido negociado pela internet com um possível comprador. No entanto, eles acreditam que tudo não passou de uma emboscada.

Ao SBT, Lucas contou que a filha reagiu ao assalto usando spray de pimenta para tentar defender o namorado, Leonardo, já que o criminoso estava com a arma apontada para ele.

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O que aconteceu?

A família saiu de carro do interior de São Paulo rumo à capital, no sábado (1º), para finalizar a venda do drone, avaliado em R$ 27 mil. Enquanto esperavam o suposto comprador no local combinado, dois homens em uma moto chegaram e renderam Leonardo e Lucas, que aguardavam fora do veículo.

Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que os criminosos foram em direção ao carro, onde estava Beatriz. A jovem saiu do veículo jogando spray de pimenta contra o suspeito. Neste momento, o homem atirou na cabeça dela.

"Ela era uma menina de 1,48. Era só ter empurrado ela, não precisava ter matado minha filha. (...) Ela foi morta covardemente. (...) Eu perdi minha filha de uma maneira extremamente trágica. Fui vítima de um golpe... nós que somos pessoas do bem às vezes temos essa ingenuidade de não perceber. (...) Eu acabei perdendo minha filha por minha bondade, essa ingenuidade", lamentou.

Quem era Beatriz?

Beatriz Munhos era de Sorocaba, no interior de São Paulo. Ela tinha 20 anos e fazia graduação em farmácia. Lucas disse que a filha vivia ajudando ele e a esposa, Larissa.

A jovem namorava Leonardo há 3 anos e planejava casar e ter filhos. "Uma menina sem maldade, uma menina pura. Ela sempre foi de querer ser durona, ela sempre queria o bem de todos", afirmou o namorado ao comentar o fato dela ter tentado defendê-los.

Segundo Leonardo, Beatriz sempre cuidou das medicações dos avôs e gerenciava tudo em casa. "Ela só queria defender a gente", destacou.

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Família marcou de finalizar a compra do drone pessoalmente

Leonardo reforçou que acredita que toda a negociação pela internet foi um golpe. "A polícia disse que o mesmo perfil, a mesma foto, já cometeram o mesmo crime no mesmo ponto de referência. A gente foi na honestidade, na inocência, já tínhamos vendido assim mais vezes. (...) Ele sabia que era eu, porque foi comigo que eles tinham contato", relatou.

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"Eles nem sabiam que tinha gente no carro. Eu ia entregar o equipamento e estava tudo certo, eles iam embora. Eles queriam o drone que eu estava vendendo. (...) Eu tava voltando pro carro porque ele queria justamente o drone. (...) Foi tudo muito rápido, não deu tempo de nada", declarou Leonardo.

Ele também destacou que as negociações pela internet não deixaram suspeitas, pois o homem falava que já trabalhava com drones e mapeamento. O suposto cliente também afirmou que pagaria o equipamento via Pix.

Segundo Lucas, o suposto comprador do drone se comunicou pelas redes sociais e pelo WhatsApp: "Por ser uma pessoa boa, às vezes a gente acaba sendo ingênuo em algumas situações. A pessoa que falava conosco, eu creio que não necessariamente foram as que executaram o assalto, mas fazia parte da quadrilha, pois falava termos técnicos do equipamento".

"Quantos mais vão ter que sofrer? Quantas mães vão ter que chorar nos corpos de seus filhos?", questionou.

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Polícia procura criminosos

O garupa usava uma bolsa térmica de entregadores de aplicativo, como mostraram as imagens da câmera de segurança. Leonardo ainda tentou impedir a fuga do assaltante agarrando a bolsa que ele usava, mas o criminoso conseguiu se soltar. Os criminosos fugiram levando o celular do pai de Beatriz.

Policiais militares localizaram uma motocicleta com as mesmas características descritas por testemunhas, que foi apreendida para perícia. Um dos criminosos foi identificado. Os dois estão foragidos.

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Veja nota da polícia:

"O caso é investigado pela 8ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco). A autoridade policial identificou um dos autores e atua para localizá-lo, bem como identificar e prender o segundo envolvido e esclarecer todas as circunstâncias do ocorrido."

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