Polícia Militar de SP mata chefe de facção que estava em plano de atentado contra Ruy Ferraz
Cleberson, conhecido como "Nego Mimo", era apontado como liderança do grupo responsável por organizar ataques contra autoridades do estado

Agência SBT
A Polícia Militar matou, nesta terça-feira (23), Cleberson Paulo dos Santos, conhecido pelos apelidos "Nego Mimo", "Nego Limo" e "Mimo". O homem era uma das lideranças de uma facção ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), conhecida como "Bonde dos 14", responsável por organizar ataques contra autoridades do estado. Um deles incluía o atentado contra o ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, morto no dia 15 de setembro.
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Segundo a corporação, equipes do 3º Batalhão de Polícia de Choque localizaram o criminoso na Vila Curuçá, zona leste da capital. Ao perceber a presença policial, ele atirou contra os militares e acabou morto após o revide.
Cleberson estava foragido do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Valparaíso desde 2022, quando não retornou de uma das saídas temporárias. Ele cumpria pena por homicídio e deixou de cumprir mais de 10 anos de prisão que ainda restavam da condenação.
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Ainda segundo a polícia, seu histórico criminal inclui registros por roubo, associação criminosa, associação ao tráfico de drogas, corrupção de menor, uso de documento falso e falsificação de documento público. Ele foi identificado como integrante do PCC em 2019.
O caso será investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Presos na morte de Ruy Ferraz
Até o momento, as investigações já resultaram na prisão de quatro envolvidos no caso, enquanto outros quatro permanecem foragidos. Segundo a SSP, novos mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça-feira.
Os presos até o momento são:
- Dahesly Oliveira Pires, acusado de ter levado um dos fuzis usados no crime, em Praia Grande (SP), para a Grande São Paulo;
- Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão, apontado por auxiliar na fuga dos criminosos;
- Rafael Marcell Dias Simões, o Jaguar; a SSP não detalhou sua participação na execução;
- William Silva Marques, dono do imóvel que teria servido como centro de comando dos criminosos.
Outros três suspeitos já identificados seguem foragidos: Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, Felipe Avelino da Silva e Flávio Henrique Ferreira de Souza. O oitavo investigado, identificado nesta terça-feira (23), ainda não teve o nome divulgado.
Veja a nota da SSP na íntegra:
O DHPP segue com as investigações para identificar e prender todos os envolvidos. Nesta terça-feira (23), a Justiça expediu o oitavo mandado de prisão relacionado ao caso. Também foram cumpridos novos mandados de busca e apreensão e oitivas de testemunhas. Até o momento, quatro pessoas foram presas e quatro investigados são procurados. Laudos periciais estão em elaboração e serão analisados, tão logo finalizados. Mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.