Publicidade
Polícia

Polícia do RJ prende integrantes de facções que forneciam armas e drogas para o tráfico no Alemão

Um dos detidos é apontado como agente financeiro da quadrilha, que movimentou R$ 250 milhões; "Professor", morto no início de junho, estava envolvido no esquema

• Atualizado em
Publicidade

Duas pessoas foram presas em uma operação da Polícia Civil contra as maiores facções criminosas do país: o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo. De acordo com as investigações, as organizações criminosas estabeleceram uma aliança para fornecer armas e drogas para o Complexo do Alemão, na zona norte da capital fluminense, e movimentaram R$ 250 milhões.

+ Polícia de SP coordena ação contra adolescentes suspeitos de crimes virtuais

Um dos presos foi localizado pelos agentes na Pavuna, bairro da zona norte do Rio. Gustavo Miranda de Jesus é apontado como agente financeiro da quadrilha e o responsável por gerenciar empresas de fachada, realizar e receber transferências bancárias para pagar fornecedores de armas e drogas, simular eventos, e lavagem de dinheiro.

Outro alvo foi preso em São Paulo, na cidade de Taubaté. Ana Lúcia Ferreira é ex-esposa de Elton Leonel da Silva, o "Galã". Ele é um dos chefes do PCC e, até a sua prisão em 2018, era o principal fornecedor de drogas e armas da América Latina. Segundo a Polícia, Ana Lúcia atua como traficante interestadual e é responsável por intermediar e negociar a compra de drogas e armas de fogo com fornecedores sediados em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Ela chegava a se deslocar entre os estados e ia pessoalmente ao Complexo do Alemão.

Gustavo Miranda de Jesus e Ana Lúcia Ferreira | Reprodução
Gustavo Miranda de Jesus e Ana Lúcia Ferreira | Reprodução

Um casal também foi conduzido para a delegacia. A operação segue em andamento para cumprir mandados de busca e apreensão para reunir elementos que possam auxiliar no inquérito.

Os investigadores descobriram que o traficante Fhillip da Silva Gregório, o "Professor", ex-chefe da Comunidade da Fazendinha, que faz parte do Complexo do Alemão, morto no início de junho, estava envolvido no esquema.

Os agentes analisaram dados de telefones e financeiros e laudos periciais. O esquema funcionava com uma rede que contava com empresas de fachada, contas bancárias de laranjas e logística interestadual para mobilização e dissimulação dos produtos e ativos ilícitos com núcleos na capital fluminense e no Mato Grosso do Sul.

Outro alvo da operação é o traficante Luiz Eduardo Grego, conhecido como "Cocão", que está foragido e não foi encontrado durante a operação. Cocão é apontado como o braço logístico e operacional subordinado ao traficante "Professor", responsável pelo suporte operacional nas negociações e transporte das drogas e das armas. E atuava como representante comercial e presencial nas negociações interestaduais, controlava a qualidade e a quantidade das drogas e das armas, e foi "treinado" por Ana para substituí-la em reuniões com fornecedores.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade