Polícia

Polícia Civil descobre rota internacional do tráfico em operação na Grande SP

Investigação aponta que drogas vinham da Bolívia e do Paraguai e eram distribuídas por facção criminosa com base em Ponta Porã (MS)

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A Polícia Civil realizou a Operação Argyros após a prisão de um traficante responsável pela venda de drogas em cidades da Grande São Paulo.

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A partir da investigação, os agentes descobriram uma rota internacional do tráfico, utilizada por criminosos para trazer entorpecentes da Bolívia e do Paraguai até o estado de São Paulo.

Segundo a Polícia Civil, a base do grupo ficava em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, cidade localizada na fronteira com o Paraguai. As drogas entravam no Brasil por países vizinhos e eram transportadas por rodovias até São Paulo.

De acordo com o delegado Tárcio Severo, responsável pela operação, a estrutura logística utilizada indica ligação com facções criminosas.

“Só pessoas que trabalham com facções como o PCC conseguiriam viabilizar esse tipo de logística”, afirmou o delegado.

Durante a investigação, quatro traficantes foram identificados. A Justiça decretou a prisão temporária dos suspeitos, mas eles fugiram antes do cumprimento dos mandados e seguem foragidos.

Com apoio da polícia do Mato Grosso do Sul, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em Ponta Porã, em sete cidades da Grande São Paulo e em Sorocaba, no interior paulista.

Durante a ação, a polícia apreendeu três armas, incluindo um fuzil, munições, R$ 180 mil em dinheiro, US$ 3 mil, relógios, celulares, carros e motos de luxo.

O cunhado de um dos alvos foi preso por porte ilegal de arma de fogo.

Provas encontradas na investigação

Em Ponta Porã, os investigadores encontraram vestígios de cocaína em prensas usadas para embalar drogas. Havia indícios de que os imóveis foram abandonados pouco antes da operação.

Segundo a polícia, áudios interceptados e mensagens comprovaram a negociação de drogas por meio de linguagem cifrada, com termos usados para indicar quantidade de entorpecentes e movimentação financeira por empresas de fachada.

Em uma das casas, um banco chamou a atenção dos investigadores. No encosto, havia desenhos de fuzis e granadas, além de uma homenagem ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar. Ao lado, a frase: “A fé move montanhas, mas o dinheiro faz o mundo tremer”.

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