Polícia apreende arsenal de guerra e carros blindados de quadrilha em São Paulo
Criminosos que antes atuavam em ataques do “Novo Cangaço” migraram para invasões de casas e condomínios de luxo
Fabio Diamante
A Polícia Civil apreendeu um arsenal de guerra, incluindo uma metralhadora .50 capaz de derrubar helicóptero, dentro de uma casa no bairro Campo Limpo, zona sul de São Paulo.
O imóvel era usado por uma quadrilha especializada em roubos a residências e condomínios de luxo.
Os policiais encontraram uma metralhadora calibre .50, de uso militar, com poder para atingir aeronaves, dois fuzis, um deles fabricado em Israel e munição de vários calibres.
Todo o armamento estava com a numeração raspada. Parte dele estava escondida no baú de uma cama box dentro da casa.
A polícia também apreendeu dois carros blindados. Ambos eram veículos roubados e estavam com placas adulteradas, usados pela quadrilha para realizar assaltos a residências.
Quem é o grupo investigado?
Os agentes investigavam uma quadrilha responsável por invadir casas e condomínios de alto padrão em São Paulo.
Segundo o delegado Fábio Sandrin, muitos desses criminosos migraram do “Novo Cangaço”, grupos armados que atacavam bancos e carros-fortes no interior do país.
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“Sabíamos que tinham fuzis, mas a metralhadora .50 surpreendeu. É rara de ser encontrada, mas sabemos que criminosos têm acesso a esse tipo de arma”, disse Sandrin.
Ele alerta que essa migração aumenta o risco às vítimas:
“Eles vão preparados para troca de tiros, muito bem equipados para enfrentar qualquer situação, colocando em risco famílias que possam estar dentro das residências.”
Presos já tinham passagens
A polícia prendeu duas pessoas: Aline Armani Nogueira, 38 anos e Gilberto Henrique Ferreira da Silva, 42 anos
Segundo a polícia, Aline já foi condenada a 5 anos e 8 meses por roubo a residência e tem passagem por homicídio (matou o padrasto).
Gilberto Henrique Ferreira da Silva, 42 anos é especialista em falsificação de documentos e foi preso com um RG falso em nome de “Thiago Magalhães”
“Ele era responsável por arrumar documentos para a quadrilha. Fornecia papéis falsos para procurados e também para uso em veículos durante deslocamentos.”
A Polícia Civil acredita que a quadrilha planejava um novo assalto nos próximos dias. A operação foi antecipada para impedir o crime e retirar as armas de circulação o mais rápido possível.









