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"Pode vir logo? Eu tô com fome": mulher em cárcere privado liga para PM e pede "pizza"; ouça áudio

Vítima contou que foi torturada e estuprada por três dias; conheça os canais de denúncia para casos de violência contra mulheres

"Pode vir logo? Eu tô com fome": mulher em cárcere privado liga para PM e pede "pizza"; ouça áudio
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A Polícia Militar do Distrito Federal divulgou, na noite desta segunda-feira (30), o áudio da ligação em que uma mulher, que estava em cárcere privado, finge pedir uma pizza para ser resgatada. O caso aconteceu na madrugada de domingo (29), em Samambaia, no Distrito Federal.

+ Lei Maria da Penha completa 18 anos de combate à violência contra a mulher

O policial que atendeu a ligação percebeu que se tratava de um pedido de socorro e mandou uma viatura até o endereço. Veja o diálogo entre a vítima e o PM:

PM: Polícia militar.

Mulher: Boa noite, amigo. Eu já fiz um pedido, eu já fiz um pedido, pelo amor de Deus.

PM: Pedido de quê?

Mulher: Uma pizza. Amigo, eu pedi uma pizza aí e não tá vindo.

PM: Como é o nome da senhora? Eu entendi o que a senhora tá falando. Nós vamos mandar até um refrigerante geladinho... Qual o endereço completo aí, senhora?

Mulher: Você pode vir logo? Eu tô com fome!

PM: Tá bom. Vai rapidinho, tá?

Mulher: Obrigada, obrigada, eu agradeço. Gratidão! (diz chorando)

PM: É só aguardar, tá?

Mulher: Tá bom. (diz chorando)

Quando os agentes chegaram, a mulher saiu correndo da casa e informou que foi mantida em cárcere privado por três dias. Ela relatou aos policiais que foi torturada, ameaçada com uma faca e forçada a manter relações sexuais com o suspeito, de 60 anos.

A vítima tinha um relacionamento com o homem há 5 meses. Ele foi preso e encaminhado para a 26ª Delegacia de Polícia, onde foi autuado pela Lei Maria da Penha. A mulher passou por exames no IML e, segundo a Polícia Militar, está recebendo o suporte necessário.

Como denunciar violência contra a mulher

  • Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher

O atendimento funciona 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados, e está disponível também no WhatsApp pelo número (61) 9610-0180. A ligação é gratuita.

O serviço telefônico do governo federal orienta e encaminha denúncias de violência contra as mulheres, bem como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso, como as Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam).

  • 190: Polícia Militar

Em caso de emergência, também é possível ligar para o 190 e pedir o auxílio da Polícia Militar. O atendimento telefônico é gratuito e funciona 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

  • Polícia Civil: Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) e Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs)

Mulheres que são vítimas de algum tipo de violência, tanto doméstica como familiar, podem denunciar seus agressores por meio de um boletim de ocorrência de forma presencial, em uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAMs) ou Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

Caso não encontre uma especializada, a mulher pode prestar queixa na delegacia mais próxima.

Quem pode denunciar?

Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia e auxiliar mulheres em situação de violência. Ao contrário do ditado popular, em briga de marido e mulher se mete a colher, sim.

A denúncia de conhecidos e vizinhos, por exemplo, pode fazer toda a diferença entre uma agressão e um feminicídio. O Ligue 180 preserva o anonimato dos denunciantes.

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