PF faz buscas em operação que investiga uso de deepfake para difamar prefeito de Manaus
Ação apreendeu computadores e intimou suspeitos a prestar depoimento; criminosos atribuíram ao político um falso áudio com xingamentos a professores
![PF faz buscas em operação que investiga uso de deepfake para difamar prefeito de Manaus](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FDavid_Almeida_prefeito_de_Manaus_Dhyeizo_Lemos_011c83a880.jpg&w=1920&q=90)
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (9), a Operação Nirmata, resultado de investigação sobre uso de deepfake para difamar o prefeito de Manaus (AM), David Almeida (Avante).
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Agentes cumpriram nove mandados de busca e apreensão, mirando um designer, três empresas de publicidade, sócios de empresas e dois suspeitos de compartilhamento de fake news. Investigados foram intimados a depor na Superintendência da PF. Ação também envolveu apreensão de computadores.
![Polícia Federal em operação contra grupo que criou fake news contra prefeito David Almeida (PF/Divulgação)](https://sbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/Policia_Federal_1_b0503a96ad.jpg)
A técnica deepfake consiste no uso de inteligência artificial para adulterar áudios e vídeos. Por meio dela, é possível recriar vozes e imagens com resultados capazes de distorcer a realidade e colocar pessoas em situações e contextos fabricados artificialmente.
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Áudio falso contra prefeito
No caso envolvendo David Almeida, criminosos atribuíram ao político um áudio com xingamentos a professores, em dezembro de 2023.
O episódio ocorreu após docentes organizarem um protesto em frente à prefeitura, cobrando pagamento do abono do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). As informações caluniosas circularam em grupos de WhatsApp logo após a divulgação.
"Naquela ocasião, foi iniciada investigação, e a Polícia Federal, de imediato, conseguiu provar tecnicamente que o material que circulou não era autêntico", disse a corporação, em nota.
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No novo desdobramento da investigação, a PF conseguiu identificar "o sistema usado, quem produziu o áudio, o local de produção e uma agência de publicidade responsável pela divulgação e propagação em plataformas digitais".
O Ministério Público Eleitoral e a Ordem dos Advogados do Brasil acompanharam as diligências de hoje.