PMs são presos por suspeita de matarem policial que investigava a milícia no Rio
Vaneza Lobão, de 31 anos, foi morta na porta de casa e trabalhava no setor de inteligência

Raíza Chaves
A Polícia prendeu nesta quarta-feira (7) dois subtenentes da Polícia Militar suspeitos da morte da policial militar Vaneza Lobão, de 31 anos. Ela foi assassinada na porta de casa, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, em novembro do ano passado.
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Vaneza era lotada na 8ª DP e trabalhava no setor de inteligência da delegacia, dedicada à investigação de milicianos e contraventores. Ela estava na PM há dez anos.
Os presos estão lotados no batalhão de Santa Cruz e do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade. Até o final do ano passado, um deles estava no mesmo batalhão da vítima.
No local do crime foi encontrado um estojo de pistola. O número do lote gravado no estojo indica que ele foi adquirido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, em 2009, e entregue no mesmo ano para o 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes).
De acordo com as investigações, os agentes fizeram diversas pesquisas sobre Vaneza em bancos de dados oficiais, com intuito de monitorar a policial e colher informações sobre a rotina dela.
Morta ao sair de casa
Vaneza e a companheira estavam saindo de casa na noite do crime para ir à academia, quando abriram o portão da casa e a cabo da PM foi atingida.
Ela foi morta com tiros de fuzil disparadas por bandidos encapuzados, que estavam em um carro preto.
Na época, em um vídeo publicado no Facebook, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), prestou solidariedade à família da policial militar e disse haver indícios de que a agente tinha sido morta por milicianos.