Operação no Rio mira PMs suspeitos de atuar como matadores de aluguel para o jogo do bicho
Polícia Civil investiga 13 policiais militares; grupo teria ligação com vários assassinatos, inclusive do advogado executado em frente à OAB
A Polícia Civil realiza, nesta quinta-feira (8), uma operação contra policiais militares suspeitos de fazer parte de um grupo de matadores de aluguel ligados ao jogo do bicho. Ryan Patrick Barboza de Oliveira, de 23 anos, o principal alvo da ação, foi preso em casa, na Baixada Fluminense, no início do dia.
De acordo com a Polícia Militar, ao todo 13 PMs são investigados pela Polícia Civil e podem responder a procedimentos administrativos disciplinares.
+ Baleia-jubarte de 7 metros é encontrada morta no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio
Com Ryan Patrick, foram encontradas uma arma com numeração raspada, celulares, dinheiro, touca ninja e luvas. Ele é apontado como responsável pelo monitoramento de Antônio Gaspaziane Mesquita Chaves, morto a tiros em junho deste ano.
A execução aconteceu na esquina da Rua Souza Franco com a Rua Teodoro da Silva, no bairro de Vila Isabel. Segundo a polícia, Gaspazianni foi morto porque desviou dinheiro das máquinas caça-níqueis que possuía em seus bares.
+ Advogado é morto a tiros no centro do Rio
Segundo as investigações, o grupo teria cometido diversos assassinatos no Rio de Janeiro, a maioria dos crimes ordenada por líderes do jogo do bicho. Entre eles, a execução do advogado Rodrigo Marinho Crespo, no Centro do Rio, também em junho deste ano.
O grupo estaria incomodado com a atuação profissional da vítima, como advogado, no ramo das apostas online. Antes da prisão de Ryan, um policial militar já havia sido preso por suspeita de participação no crime.