"Novo tipo de criminoso" é descoberto em investigação contra roubos de residências em São Paulo
Em um ano, 30 suspeitos foram identificados como responsáveis por transportar joias e relógios de luxo roubados até os receptadores
Fabio Diamante
Robinson Cerantula
Durante as ações de combate aos furtos e roubos a residências em São Paulo, a Polícia Civil descobriu a atuação de um novo tipo de criminoso: o atravessador. Ele é o responsável por levar joias e relógios de luxo, roubados por quadrilhas, até os receptadores.
Nos últimos doze meses, a Polícia Civil cumpriu 54 mandados de busca e apreensão contra 30 suspeitos de receptação de joias e relógios levados em assaltos a residências na capital paulista.
Durante as investigações, os policiais identificaram mudanças na atuação dos receptadores e o surgimento do atravessador como elo entre o roubo e a receptação.
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De acordo com a polícia, os ladrões deixaram de entregar os objetos diretamente aos comparsas. Agora, escondem o material roubado em comunidades, especialmente na de Paraisópolis, na zona sul da cidade. Nesses locais, entra em ação o atravessador, que contata o receptador para que ele vá até a favela buscar as joias e relógios.
No período de um ano, a polícia interceptou mensagens e ligações entre os envolvidos. Além disso, os próprios criminosos chegaram a gravar vídeos do material roubado.
“A pena da receptação, que é um crime cometido sem violência ou grave ameaça, não tem uma pena correspondente e acaba não redundando no encarceramento do indivíduo. Logo, ele vai responder em liberdade e vai voltar a cometer a mesma atividade”, afirma o delegado Clemente Calvo Castilhone Jr.
