Mulher usa "pedido de pizza" como código para fugir de agressor e fazer denúncia na Bahia
A equipe da Polícia Militar foi acionada imediatamente e chegou ao local a tempo de impedir a agressão
Primeiro Impacto
Uma mulher foi salva de uma possível tentativa de feminicídio após ligar para o 190 e fingir que fazia um pedido de pizza, em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. A estratégia era, na verdade, um pedido de socorro disfarçado, já que ela estava sendo ameaçada pelo companheiro dentro de casa.
Durante a ligação, o policial de plantão inicialmente acreditou que se tratava de um trote, mas, posteriormente, percebeu que era uma situação de emergência ao notar que a mulher usava um código para não levantar suspeitas.
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Na ligação, o atendente diz:
— "Tá passando trote pra polícia?"
A vítima responde:
— "Não, gostaria de fazer um pedido de pizza."
A conversa segue, e o atendente, compreendendo o código, pergunta:
— "Você está sendo ameaçada?"
Ela responde:
— "Sim, sim."
O atendente conclui:
— "Compreendi. Sua solicitação foi registrada, e as devidas providências serão adotadas."
A equipe da Polícia Militar chegou ao local a tempo de impedir a agressão. O suspeito foi detido.
Esse não foi um caso isolado. Na Paraíba, uma mulher usou uma tática semelhante: fingiu ligar para uma farmácia e solicitou dipirona como forma de despistar o agressor, que acabou sendo preso após a denúncia.
As ocorrências reforçam a importância do preparo das forças de segurança para identificar sinais sutis de pedidos de ajuda, especialmente em casos de violência doméstica, nos quais a vítima, muitas vezes, não consegue denunciar diretamente.