Mulher é atacada com tacho de ferro por amigo após recusar relacionamento
Pedreiro perseguiu Janaína até em casa e a agrediu por ciúmes; câmeras registraram o ataque
Magdalena Bonfiglioli
Uma mulher foi vítima de uma agressão brutal motivada por ciúmes após recusar um relacionamento amoroso. O ataque ocorreu depois de um churrasco, quando o agressor, identificado como Valdomiro, arremessou contra Janaína um tacho de ferro com cerca de 40 quilos, provocando ferimentos graves no rosto e nos braços.
Segundo o relato da vítima, os dois eram apenas amigos e participavam de um churrasco junto com outras pessoas. Durante o evento, Valdomiro demonstrou comportamento possessivo e crises de ciúme, mesmo sem manter qualquer relação amorosa com Janaína.
No fim da confraternização, ele se mostrou agressivo. Para evitar confusão, a vítima decidiu ir embora, mas foi perseguida até a própria casa.
Câmeras registraram a violência
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o pedreiro continua a perseguir Janaína, passa a ofendê-la verbalmente e, de repente, a atinge com o objeto de ferro.
A vítima cai no chão e tenta se levantar, mas aparece desorientada e cambaleando, em razão das lesões no rosto.
Após a agressão, o homem entra em um carro e foge. Janaína foi socorrida por vizinhos, que também registraram a ocorrência na delegacia.
Janaína sofreu fratura no rosto, cortes profundos, hematomas, tontura e também machucou os braços. Ela relatou que chegou a entrar em luta corporal ao tentar se defender, enquanto o agressor fugia do local.
Violência contra a mulher cresce no Brasil
De acordo com dados do Ministério das Mulheres, o Brasil registra um assassinato de mulher a cada seis horas. O país ocupa a quinta posição no ranking mundial de feminicídios. Além disso, uma mulher, e em alguns casos uma menina, sofre violência sexual a cada seis minutos.
Casos recentes em cidades como Palmas (TO) e Maracanaú (CE) mostram agressões cometidas em via pública, muitas vezes diante de testemunhas, inclusive crianças.
A advogada especializada em defesa da mulher alerta que apenas registrar a violência não é suficiente.
“Omissão também mata. Se você vê uma agressão, acione a polícia, chame socorro. Denunciar salva vidas”, afirmou.







