MP pede arquivamento de processo contra jovem baleado e mototaxista no Rio
Após análise das provas, Justiça entendeu que não existia provas suficientes para dar continuidade ao processo contra Igor Melo e Thiago Marques
Ana Beatriz de Paula
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou o arquivamento da investigação contra o estudante universitário Igor Melo de Carvalho e o mototaxista Thiago Marques Gonçalves pelo roubo de um celular. A decisão ocorreu após a análise das provas e a constatação da ausência de justa causa para dar continuidade ao processo.
As provas comprovaram que Igor e Thiago não estavam no local do crime no momento em que ele aconteceu. Thiago havia aceitado a corrida de Igor pelo aplicativo exatamente no horário do roubo. Igor, por sua vez, solicitou a corrida para ir embora do trabalho. Assim, os registros do aplicativo, imagens de câmeras de segurança e mensagens de celular comprovaram a inocência deles.
+ Universitário negro é baleado no Rio; família diz que ele foi confundido com ladrão
“Em nenhuma hipótese haveria condição de Igor e Thiago estarem no local do roubo entre 01h15 e 01h20 da manhã, uma vez que estavam comprovadamente trabalhando nesse horário”, afirmou a defesa.
Em 25 de fevereiro, um dia após o incidente, a Justiça já havia relaxado a prisão em flagrante de Igor e Thiago, visto que as provas não vinculavam os dois ao crime. Além disso, nenhum dos objetos roubados foram encontrados com os dois. Sendo assim, a identificação feita pela vítima ocorreu de maneira equivocada, baseada apenas na roupa dos suspeitos.
+ Moraes manda PGR se manifestar sobre defesas apresentadas por denunciados por tentativa de golpe
A promotoria do caso ainda solicitou a devolução da motocicleta apreendia, que é o instrumento de trabalho do mototaxista Thiago. O MPRJ continua acompanhando as investigações sobre a conduta do autor dos disparos, o policial militar reformado Carlos Alberto de Jesus.
O caso
O universitário Igor Melo foi baleado na madrugada da segunda-feira (24/02), na Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, quando voltava do trabalho em uma moto solicitada por um aplicativo. Igor foi confundido com um ladrão de celular por Carlos Alberto.
De acordo com a Polícia Militar, o autor dos disparos é um policial militar da reserva, que teria atirado contra o estudante de publicidade após sua esposa ter reconhecido o condutor da moto em que ele estava como um dos responsáveis pelo roubo do celular dela.
+ Preço dos alimentos deve cair com supersafra e queda do dólar, diz Haddad
Igor Melo e o mototaxista Thiago Marques foram presos em flagrante.
*com informações da Agência Brasil
