MP denuncia membros da família Avelino por triplo homicídio
Um dos investigados chegou a quebrar a tornozeleira eletrônica que usava para fugir da Polícia; saiba mais sobre o caso
Foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) os primos João Pedro Bernardes Aguiar de Oliveira, conhecido como João Pedro Avelino, e Felipe Aguiar de Oliveira Filho, o Filipinho Avelino, por três crimes de homicídio qualificado consumados e cinco homicídios qualificados tentados praticados.
Família Avelino
Vassouras é o reduto da família Avelino. Proprietária de terras no município, no interior do Rio, os Avelinos ganharam fama pela extrema violência na década de 80.
De acordo com o MP, algumas testemunhas, ao descobrirem que os réus eram integrantes da família Avelino, tentaram modificar seus depoimentos e até se mudarem para outro país, devido à fama do clã de executar opositores.
Apesar de não terem o sobrenome Avelino no registro, João Pedro e Felipe o usavam para se identificar — e intimidar pessoas. Durante as investigações, o setor de inteligência da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro apontou que João Pedro havia planejado a morte de um dos alvos com milicianos da Baixada Fluminense.
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João Pedro
Considerado matador, João Pedro, de 25 anos, foi preso no estado do Pará pela Polícia Federal no dia 16 de maio deste ano. Ele estava foragido há mais de três anos, logo após ter saído da cadeia para tratar uma doença em prisão domiciliar e fugir, quebrando a tornozeleira eletrônica que usava.
Em 2020, quando tinha 21 anos, ele executou duas pessoas em um posto de combustível em Novo Repartimento, no Pará. Câmeras de segurança registraram o momento que ele atira contra a cabeça das vítimas duas vezes e foge.
Procurado pelo duplo homicídio, dois anos depois, o assassino matou mais três pessoas em um baile funk em Paraíba do Sul, no interior do Rio de Janeiro. Entre as vítimas, estava o policial militar George Rodrigo Mendes. Segundo o Ministério Público, o motivo do crime seria vingança.
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De temporária, a prisão de João Pedro Avelino foi convertida para preventiva após a denúncia do MP,
Felipe Aguiar
As investigações do Ministério Público apontam que, no crime cometido por João Pedro em Paraíba do Sul, Felipe Aguiar era responsável por conduzir o veículo que levou o executor ao local e, depois do crime, viabilizou a fuga.
"Os dois estariam insatisfeitos com a condução de outros integrantes da Família Avelino para a delegacia, por crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, em janeiro de 2022", esclarece o MP.