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Polícia

Ministério Público de SP denuncia quatro PMs por assassinato de jovem rendido em Paraisópolis

Câmeras corporais dos militares flagraram execução de Igor Oliveira de Moraes Santos, que estava com a mão na cabeça quando foi baleado

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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou quatro policiais militares por homicídio qualificado durante uma abordagem na favela de Paraisópolis, na zona sul da capital. Imagens das câmeras corporais dos PMs flagraram a execução de Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos, que foi alvo de disparos de arma de fogo enquanto estava rendido com as mãos na cabeça, no interior de uma casa.

O caso ocorreu no dia 10 deste mês e revoltou moradores da região, que protestaram contra a morte do jovem. Segundo o MPSP, os policiais Renato Torquatto da Cruz e Robson Noguchi de Lima, ambos da ROCAM do 16º BPM/M, agiram em conjunto e com intenção de matar Igor Oliveira de Moraes Santos. Renato atirou com uma pistola e, em seguida, Robson disparou com uma espingarda.

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De acordo com a denúncia, os outros dois militares, Hugo Leal de Oliveira Reis e Victor Henrique de Jesus, participaram da rendição do suspeito e disparam no cômodo onde Igor foi assassinado, prestando, segundo o MPSP, “auxílio moral e material” aos executores. A execução foi reconhecida pela própria Polícia Militar.

Para os promotores, os policiais agiram por motivo torpe, em “ato de desforra e justiçamento”, abusando do poder estatal e da força, sem deixar chance de defesa para a vítima.

Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, os quatro investigados vão responder por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, previstos no Código Penal.

A operação do dia 10 ocorreu após uma denúncia anônima, informando sobre tráfico de drogas na região. O jovem não tinha antecedentes criminais como adulto, mas já havia respondido por roubo e tráfico de drogas na adolescência.

Durante protestos, outros policiais militares chegaram a trocar tiros em um ponto distante da comunidade. Um PM chegou a ser baleado e um suspeito, Bruno Leite, de 29 anos, foi atingido e não resistiu aos ferimentos.

O SBT não localizou a defesa dos militares. O espaço segue aberto para manifestação.

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