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Polícia

Ministério Público denuncia homem que ameaçou youtuber Felca e psicóloga após vídeo sobre adultização

Caso a Justiça de São Paulo aceite a denúncia, o acusado responderá por associação criminosa e ameaça

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Youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, e à psicóloga Ana Beatriz Chamati - Redes Sociais / Reprodução
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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou, nesta sexta-feira (5), o homem que fez ameaças ao youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, e à psicóloga Ana Beatriz Chamati. A especialista participou de um vídeo sobre a sexualização precoce de crianças e adolescentes na internet. O caso ganhou repercussão depois que a entrevista viralizou nas redes sociais.

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A denúncia foi formalizada pelo promotor Matheys Fialdini, da 3ª Promotoria Criminal da Capital. Caso a Justiça de São Paulo aceite a denúncia, o investigado poderá responder por associação criminosa e ameaça, crimes previstos nos artigos 288 e 147 do Código Penal.

De acordo com as investigações, após a publicação do conteúdo, o homem e um adolescente passaram a enviar mensagens intimidadoras, por e-mail e WhatsApp, direcionadas a Felca, à psicóloga e a familiares dela.

Segundo o promotor, os dois suspeitos faziam parte de um grupo que atuava nos aplicativos Discord e Telegram, envolvido em diversas práticas criminosas, como ameaças a autoridades, estupros virtuais, induzimento à automutilação e ao suicídio, além da disseminação de pornografia infantil.

Preso em agosto

No dia 25 de agosto, o acusado foi preso em Olinda (PE), durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão temporária. No momento da abordagem, ele estava acompanhado de outro homem, que também acabou preso.

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Segundo os investigadores, o computador do suspeito estava em uso e aberto na tela de acesso à plataforma de Segurança Pública do Estado de Pernambuco, o que, segundo a polícia, reforça a gravidade da conduta.

O investigado também é suspeito de comercializar logins de acesso a sistemas restritos das polícias, do Judiciário e da Saúde, permitindo que terceiros tivessem acesso ilegal a dados sigilosos.

Relembre o caso

Em entrevistas, Felca disse que estava recebendo ameaças de morte por causa de seus vídeos, o que piorou depois da publicação do vídeo "Adultização", no YouTube. No conteúdo, publicado em 6 de agosto, o youtuber denunciou influenciadores que exploram a imagem de menores, além de explicar, junto com uma psicóloga, os riscos da adultização em crianças.

O vídeo viralizou no país, alcançando mais de 45 milhões de visualizações. A denúncia gerou debate nas redes sociais, levou à prisão de dois influenciadores (Hytalo Santos e seu marido, Israel Natã Vicente) e chegou ao Congresso Nacional, que votou um projeto de lei que protege crianças e adolescentes na internet.

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O youtuber revelou também que passou a andar com carro blindado e seguranças para se proteger de ameaças. Felca ainda solicitou ao Google Brasil a quebra de sigilo de dados de uma conta de e-mail que o ameaçava.

Ainda em agosto, o Tribunal de Justiça de São Paulo disse que acolheu o pedido e confirmou que a liminar concedida autoriza a empresa a verificar a conta, associada ao Gmail, que enviou as ofensas e ameaças ao youtuber.

"Esse processo tramita sob segredo de justiça, portanto essas são as únicas informações disponíveis no momento", informou o TJSP em nota. O Google, por outro lado, respondeu que não se pronunciará sobre o caso.

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