Megaoperação da Polícia Civil apreende R$ 500 milhões em perfumes falsificados no DF e em Goiás
Mais de 50 mil frascos de produtos falsos foram apreendidos, além de roupas, maquiagens e dinheiro em espécie

Isabela Guimarães
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nos dias 9 e 10 de setembro, a Operação Trade Dress, considerada a maior ação já realizada pela corporação contra a pirataria de cosméticos. O grupo investigado é suspeito de movimentar mais de R$ 500 milhões com a falsificação e venda de produtos que imitavam marcas de referência no setor de beleza.
As imagens da operação mostram dezenas de caixas e sacolas com perfumes, maquiagens e peças de vestuário apreendidos. Parte dos produtos não possuía nota fiscal e estava pronta para comercialização. Além disso, a polícia também confiscou grandes quantias de dinheiro em espécie encontradas em estabelecimentos investigados.
A ação foi coordenada pela Divisão de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM/CORF/DPE) e contou com o apoio da Vigilância Sanitária do DF (VISA) e da Polícia Civil de Goiás (PCGO).
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Ceilândia (DF) e Aparecida de Goiânia (GO), onde funcionavam fábricas, distribuidoras e lojas suspeitas de produzir, armazenar e revender os itens falsificados.
Segundo a investigação, conduzida ao longo de cinco meses, a organização criminosa atuava de forma estruturada e atingia 21 marcas registradas no INPI, vendendo os produtos ilegais como se fossem originais. Ao todo, mais de 50 mil frascos de perfumes falsificados foram apreendidos, além de maquiagens, eletrônicos e vestuário.
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Risco à saúde
Além do prejuízo econômico, a PCDF alertou para os riscos à saúde dos consumidores. Os cosméticos falsificados eram fabricados sem qualquer controle de qualidade ou testes dermatológicos, podendo causar reações alérgicas graves, infecções oculares e até cicatrizes permanentes.
De acordo com levantamento do Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP), somente em 2024 o Brasil registrou perdas de R$ 468 bilhões com o mercado ilegal. O setor de perfumes e cosméticos aparece entre os mais prejudicados.
A Polícia Civil reforçou que a operação representa um passo importante no combate à pirataria, garantindo a proteção da saúde pública, a defesa dos consumidores e a preservação da propriedade intelectual como pilares para o desenvolvimento econômico.
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