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Médico de Bolsonaro é apontado como funcionário fantasma em investigação da Apex

Segundo agência, Ricardo Camarinha teve "contratação fraudulenta" e não frequentou trabalho nos EUA; salários variavam de R$ 35 mil a R$ 50 mil

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao lado do médico Ricardo Camarinha, denunciado como funcionário fantasma em 2022 pela Apex | Reprodução/Instagram
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Ricardo Camarinha, médico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi funcionário fantasma de um escritório da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) durante oito meses de 2022.

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Um relatório interno da agência, confirmado nesta sexta-feira (12), aponta que Camarinha teve uma "contratação fraudulenta" entre abril e dezembro daquele ano, tendo recebido salários mesmo sem frequentar a sede do trabalho nos Estados Unidos.

A agência não confirmou o cargo ocupado por Camarinha, mas a faixa salarial de colaboradores que foram enviados para o exterior naquele ano – mesma situação do médico – variava entre 7 mil e 10,8 mil dólares (na conversão em reais, com cotação média de 2022, os valores médios salariais daquele ano vão de R$ 35 mil a R$ 50 mil).

Segundo o relatório, produzido por uma comissão interna, o médico foi contratado pela agência em Brasília, mas posteriormente ficou definido que ele seria expatriado para o escritório em Miami por uma situação excepcional.

"O médico não desenvolvia qualquer atividade profissional que mantivesse ligação com o cargo de assessor, e nem frequentava as dependências do escritório. O fato configura uma contratação fraudulenta", diz a agência em nota.

As conclusões da agência serão enviadas à Polícia Federal, ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal de Contas da União.

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"A Diretoria da ApexBrasil prossegue na apuração e no exame de desdobramentos, desvios e eventuais irregularidades relacionados ao escritório de Miami. Novas providências poderão ser tomadas após a continuidade do processo de apuração e responsabilização, inclusive o desligamento de colaboradores", destaca a agência.

A reportagem tenta contato com Camarinha para posicionamento, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para manifestações.

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