Grupo criminoso suspeito de criar sites falsos de leilão de carros é alvo de operação policial
Quadrilha teria criado mais de 500 páginas na internet; segundo as investigações, esquema causou prejuízo de R$ 470 mil às vítimas
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 9ª Delegacia de Polícia, deflagrou, na manhã desta quinta-feira(25), a Operação 3 Minute Rule, para desarticular uma organização criminosa que atuava na prática de golpes eletrônicos de falsos sites de leilão de carros.
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Foram cumpridos 12 mandados de prisão, 10 de busca e apreensão e 50 ordens judiciais para bloqueio de contas bancárias. As prisões são realizadas em São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo, com apoio da Polícia Civil de SP. Investigadores derrubaram 540 domínios de sites falsos.
Ao todo, a Polícia Civil do DF estima que o esquema pode ter causado um prejuízo estimados em R$ 470 mil às vítimas. Foi descoberto um complexo esquema de lavagem de dinheiro, com mais de dez instituições financeiras diferentes utilizadas no esquema criminoso para receber valores dos golpes.
De acordo com as investigações, o grupo atuava há pelo menos cinco anos. Os criminosos identificavam websites reais de empresas de leilão de veículos e, a partir daí, criavam cópias idênticas com apenas uma diferença: a extensão do endereço eletrônico.
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Os sites verdadeiros terminavam em "com.br", enquanto os clonados terminavam ".net". Uma vez no site falso, as vítimas eram direcionadas para um atendimento via WhatsApp, onde os criminosos, induziam interessados no leilão a realizar depósitos para lances dos veículos, que na verdade não existiam. Para aumentar a credibilidade, falsas notas de arrematação eram enviadas, e as vítimas só percebiam o golpe um mês depois, quando o carro não era entregue.
De acordo com o delegado da 9ª DP, Eric Sallum, "as novas tecnologias alteraram a sociedade pra sempre. Jamais retornaremos ao tempo de sossego e possibilidade de desatenção com a segurança cibernética. A polícia faz seu papel repressivo, mas a população deve redobrar os cuidados com seus relacionamentos e ações nos ambientes digitais. A ampla disponibilidade de mecanismos de IA irá potencializar ainda mais as capacidades dos golpistas".
Os investigados irão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e dezenas de fraudes eletrônicas. As penas somadas podem alcançar mais de 30 anos de prisão.
