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Saúde

Impasse entre companhia aérea e família reacende debate sobre cães de assistência

Caso de menina com autismo impedida de embarcar com cão levanta discussão sobre o papel essencial desses animais

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O impasse entre uma companhia aérea e uma família que foi impedida de embarcar um cão de assistência de uma criança reacendeu a discussão sobre a importância desses animais na vida de pessoas com deficiência.

Para que um cão se torne um companheiro de suporte emocional é preciso que ele passe por uma série de treinamentos. E ao contrário do pensamento comum, esse trabalho vai muito além do adestramento básico. O animal precisa ser capaz de conduzir uma pessoa com segurança e saber esperar por ela sempre que for necessário.

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O SBT acompanhou um treinamento. Astro, um labrador de apenas 3 anos, está na reta final de preparação para tornar-se um cão-guia, ou seja, atuar ao lado de uma pessoa com deficiência visual.

“A gente vai apresentá-lo a várias situações diferentes que ele tem que se acostumar porque depois, quando ele estiver guiando, ele pode encontrar uma dessas situações e não deve estranhar”, explica Miguel Christino, presidente do Instituto Carioca de Cão-Guia.

O treinamento leva cerca de um ano e meio. Após essa fase, chega o momento mais delicado: encontrar a dupla ideal. Afinal, como em qualquer relação, é necessário haver afinidade e conexão.

“Se a pessoa anda muito rápido e o cachorro anda mais devagar, ou se a pessoa, ao contrário, anda devagar e o cachorro anda muito rápido, não vai combinar. E se a pessoa gosta de ficar apertando o cachorro e ele é mais na dele, tranquilão, também não vai dar certo”, completa Christino.

Astro já responde a mais de trinta comandos diferentes e está quase pronto para transformar a vida do futuro tutor.

No Brasil, existem apenas 207 cães-guia em atividade, segundo a União Nacional de Usuários de Cão-Guia. No Rio de Janeiro, são apenas 12.

O não embarque do cão Teddy

O caso envolvendo o cão Teddy ganhou repercussão internacional. A companhia aérea TAP se recusou a embarcar o animal na cabine, mesmo com uma decisão judicial.

A empresa alegou que o transporte viola o manual de operações da companhia. Teddy é o cão de assistência da Alice, uma menina de 12 anos diagnosticada com autismo não-verbal. A família se mudou para Portugal deixando o animal para trás.

Enquanto o impasse continua, a família conta os dias para o reencontro entre Teddy e Alice. O bem-estar da menina depende disso. Casos como esse mostram o quanto esse laço de confiança com um animal pode ser decisivo na vida de uma pessoa.

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