Gameleira de 40 anos é destruída após homem atear fogo para divertir o filho
Homem foi indiciado por crimes contra o meio ambiente, incêndio, dano qualificado e perigo para a vida ou saúde de outrem, podendo pegar até 11 anos de prisão

Pedro Canguçu
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou o autor do incêndio que destruiu a gameleira histórica do comércio da 704/705 Norte, em Brasília. O responsável é um advogado de 37 anos, sem antecedentes criminais, que admitiu ter ateado fogo na árvore para entreter o filho, no domingo (12), por volta das 20h.
De acordo com o delegado Paulo Noritika, chefe da 2ª Delegacia de Polícia da Asa Norte, o homem estava acompanhado da criança quando iniciou o fogo. As chamas, no entanto, fugiram do controle e acabaram consumindo completamente a árvore, de mais de 40 anos, além de quebrarem vidraças de estabelecimentos próximos e colocarem em risco a segurança de pessoas que passavam pelo local.
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Após o episódio, o advogado afirmou estar arrependido e disse que a intenção era apenas fazer uma “brincadeira” com o filho, acreditando que havia apagado o fogo. Ao perceber a gravidade da situação, ele mesmo acionou o Corpo de Bombeiros. O homem foi indiciado por crimes contra o meio ambiente, incêndio, dano qualificado e perigo para a vida ou saúde de outrem, podendo pegar até 11 anos de prisão.
Segundo a Polícia Civil, o caso reforça a importância da preservação do patrimônio ambiental e o cuidado com condutas que possam colocar em risco pessoas e bens públicos.
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) iniciou a retirada, nesta quarta-feira (15) dos restos da gameleira destruída pelo incêndio. O serviço deve ser concluído até sexta-feira (17).
De acordo com a empresa, seis caminhões estão sendo usados para o transporte do material vegetal, que será encaminhado ao Viveiro II da Novacap. A companhia informou que a remoção foi inevitável, já que o fogo provocou deterioração irreversível da árvore.
“Não havia possibilidade de recuperação, pois a parte interna estava totalmente destruída”, explicou a Novacap.