Família de Vitória vive rotina de medo e tenta recomeçar após tragédia
Parentes fizeram vaquinha para tentar tirar os pais da casa onde viviam com a jovem brutalmente assassinada aos 17 anos

Fabíola Corrêa
Desde a perda de Vitória, os pais e a irmã da jovem vivem um pesadelo que parece não ter fim. A tragédia ocorrida em 26 de fevereiro de 2024 marcou a vida de Carlos Alberto Souza para sempre. "Se o carro não tivesse quebrado, nada disso teria acontecido", lamenta o pai, que sempre foi cuidadoso para evitar esse tipo de situação.
A casa da família já não é mais a mesma. A mãe conta, entre lágrimas, que olha para a porta do quarto de Vitória e ainda espera vê-la passeando pela casa. A dor da ausência é intensa, e o sentimento de irrealidade persiste. "Parece que estou sonhando, mas não consigo acordar", desabafa Sandra Souza.
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Medo e insegurança
Desde o ocorrido, a família vive com medo. Ninguém mais dorme nos quartos; todos passaram a dividir a sala. Em noites sem luz, preferem buscar abrigo na base da Guarda Civil até a energia voltar.
Para deixar para trás o medo e as lembranças dolorosas, os familiares iniciaram uma vaquinha para ajudar os pais de Vitória a mudarem de casa. "Queremos tirá-los daqui", explica uma prima.
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A tragédia afetou até a estabilidade financeira da família. O pai, que trabalhava como motorista de aplicativo, também parou de rodar. "O carro está lá parado e eu aqui, esperando essa história acabar", lamenta.
O futuro segue incerto para aqueles que amavam Vitória. Quando questionado sobre os próximos passos, o pai é categórico: "Agora, é só viver por viver, porque motivo para viver eu já não tenho mais".