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Polícia

Exclusivo: policiais são gravados agredido suspeito rendido na Grande São Paulo

Suspeito foi preso por tráfico, mas advogado diz que maconha foi "plantada". PM afirma que vai analisar imagens e tomar providências se identificar excessos

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Imagens da agressão a suspeito rendido durante abordagem policial em Guarulhos (SP) | Reprodução
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Câmeras de segurança de um mercado em Guarulhos, na Grande São Paulo, gravaram policiais militares do Batalhão de Ações Especiais, o Baep, espancando um homem durante uma abordagem. Henrique das Chagas Ramos acabou preso em flagrante por tráfico de drogas e resistência.

As imagens apresentadas pela defesa de Henrique à Justiça mostram que ele foi seguido, assim que saiu de casa, de carro, no dia 3 de fevereiro. O rapaz parou no mercado logo na próxima esquina e foi abordado. Ele levantou os braços e a camisa pra mostrar que não tinha nenhuma arma, mas foi cercado, levado pra dentro do mercado e agredido

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Uma das câmeras gravou também o áudio e é possível ouvir quando Henrique pede socorro: "Porque vocês estão me batendo? Porque vocês estão me batendo? Vocês estão me batendo, me ajuda."

Um dos PMs ameaçou atirar. Os militares queriam o celular do rapaz. "Vai ficar de boa? Você vai ficar de boa? Você vai tomar um tiro”, gritou um dos militares. Enquanto Henrique apanhava lá dentro, um outro PM revistava, sozinho, o carro dele, que estava parado na porta. Foi nessa revista que a polícia diz ter encontrado 375 gramas de maconha dentro do veículo. Mas a imagem não mostra nada disso.

Audiência

Machucado e com a camisa rasgada, Henrique foi preso e levado para uma audiência de custódia. A Justiça decretou a prisão preventiva do rapaz, mas o advogado Marcos Pio, pediu a revogação. “A gente imagina que (a droga) foi colocada né, porque as imagens mostram isso”, diz o defensor, afirmando também que o cliente já cumpriu 3 anos de pena por tráfico.

Em entrevista ao SBT, a esposa de Henrique - que pediu para não ser identificada por medo dos PMs - diz que a injustiça tem provocado sofrimento. "Não tá sofrendo só eu, tá sofrendo o filho dele, que tem sete anos. Todos os dias ele acorda e dorme pedindo o pai dele, por que a polícia fez isso com o pai dele."

O que diz a Polícia Militar

A instituição informou que vai analisar as imagens e, caso sejam identificados excessos, as providências cabíveis serão adotadas, e afirma ainda que "não tolera desvios de conduta de seus agentes".

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