Estudante de biologia da UFRRJ é morto em tiroteio entre criminosos no Rio
Duas crianças também ficaram feridas e foram levadas ao Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias
O estudante de biologia Bernardo Paraiso (foto), de 24 anos, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) foi morto durante um tiroteio no Centro de Seropédica, na Baixada Fluminense, nesta segunda-feira (8).
Tiros foram disparados durante conflito entre criminosos no centro de Seropédica (RJ). Duas crianças também ficaram feridas e foram levadas ao Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias.
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A Polícia apreendeu um fuzil, duas pistolas e uma granada de mão. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) foi acionada e a ocorrência está em andamento, informou a Polícia Civil do RJ. Um homem foi preso, segundo a Polícia Militar.
Em nota, a UFRRJ anunciou que as aulas e atividades administrativas da faculdade foram suspensas na data de hoje, e prestou condolências pelo falecimento de Bernardo.
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“É com imenso pesar que comunicamos o trágico falecimento do discente Bernardo V. Paraiso, aluno de Ciências Biológicas, na tarde desta segunda-feira, dia 08/04, vítima dos episódios de violência que ocorreram no km 49, do município de Seropédica, nesta data. A Administração Central se solidariza com toda a família e amigos neste momento de dor”, diz o comunicado.
Nas últimas semanas, Seropédica convive com uma disputa sangrenta entre milicianos. O início dos confrontos foi a morte de Tauã de Oliveira Francisco, o Tubarão, durante uma operação da Polícia Civil em fevereiro. De acordo com investigações, ele era chefe de um grupo rival ao da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, e atuava em Seropédica, Itaguaí e parte de Nova Iguaçu.
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Um mês depois, o miliciano Ricardo Coelho da Silva, conhecido como Cientista, foi morto durante um aniversário numa casa de festas no Tanque, na Zona Oeste do Rio. Ele teria assumido a milícia de Seropédica após a morte de Tubarão. A Polícia Civil investiga quais grupos armados têm disputado o espólio de Zinho.
Desde que o chefe do maior grupo paramilitar do Estado do Rio foi preso, a disputa pelos territórios vem deixando um rastro de sangue. Ao menos cinco integrantes do alto escalão foram assassinados, além das mortes de inocentes.