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Polícia

Em SP, número de feminicídios atinge recorde histórico: uma mulher é morta a cada 36 horas

Estado registra aumento de 16% nos casos de homicídio de mulheres em 2024 e alerta para necessidade de maior proteção às vítimas de violência doméstica

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O número de feminicídios aumentou 16% em 2024, na comparação com o ano anterior | Elza Fiuza/Agência Brasil
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O número feminicídios atingiu um recorde histórico no estado de São Paulo, em 2024: em média, uma mulher foi assassinada a cada 36 horas. De janeiro a novembro de 2024, 226 mulheres foram mortas, um aumento de 16% no número de casos deste tipo em relação a 2023.

Mesmo sem os dados de dezembro de 2024, o número já é o maior desde 2015, quando os crimes contra mulheres por questões de gênero passaram a ter penas mais severas. O dados, divulgados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, acendem o alerta sobre o agravamento da violência contra mulheres e a necessidade de medidas para conter este tipo de crime.

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Maria Aparecida da Silva, de 35 anos, foi uma das vítimas do crime de gênero. Ela foi morta a facadas pelo ex-marido, Édson Silva de Souza, seis meses após a separação. O crime ocorreu em Jandira, região metropolitana de São Paulo, na frente da casa onde ela morava. O filho mais velho presenciou o ataque. “Ele abraçava o pequeno e falava: desculpa, eu não consegui salvar minha mãe”, relatou um familiar.

A irmã de Maria afirmou que a vítima sofria perseguições e ameaças constantes, mas nunca denunciou por medo. Segundo especialistas, o perfil dos agressores é sempre semelhante: homens ciumentos e possessivos que acreditam ter posse sobre a mulher.

A advogada Silvia Cursino, especialista em direitos das mulheres e violência doméstica, alerta que é essencial reconhecer os sinais de violência. "O feminicídio é uma tragédia anunciada. Ele começa de forma sutil, proibindo contato com a família ou trabalho, até evoluir para algo mais grave", explica.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, apesar de existir a medida protetiva, muitas vítimas desconhecem que devem registrar um novo boletim de ocorrência caso ela seja violada. O órgão não comentou o aumento no número de feminicídios.

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