Polícia

Daniel Vorcaro deixa cela da PF e é transferido para presídio em Guarulhos

Presidente do Banco Master está preso desde a Operação Compliance Zero, que apura fraude bilionária no sistema financeiro

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Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master | Divulgação/Marcio Gustavo Vasconcelos
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O presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi transferido nesta segunda-feira (24) da sede da Polícia Federal (PF) em São Paulo para o Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos.

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Ele está preso desde o dia 17, alvo da Operação Compliance Zero, que investiga a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras.

A ação da PF mira um esquema de fraude envolvendo a suposta emissão irregular de títulos de crédito dentro do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Segundo a investigação, o prejuízo estimado chega a R$ 12,2 bilhões.

Além de Vorcaro, outros cinco executivos ligados ao Banco Master também foram detidos na mesma semana.

Na quinta-feira (20), a Justiça Federal rejeitou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Vorcaro. Os advogados afirmaram que a prisão não seria mais necessária, já que o Banco Master foi liquidado pelo Banco Central.

O argumento não foi aceito, e a prisão preventiva permaneceu válida.

Defesa nega fraude

No domingo (23), os advogados do executivo negaram a existência da suposta fraude bilionária ligada à venda de carteiras de crédito ao Banco de Brasília (BRB).

Em nota, a defesa afirmou que as investigações se baseiam em um “fato inexistente”, e que as carteiras questionadas pela PF já teriam sido substituídas ou recompradas, não gerando prejuízo ao sistema financeiro.

Relembre o caso

O presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso pela Polícia Federal (PF) na noite de segunda-feira (17), no aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, quando tentava embarcar em um vôo para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

A prisão é resultado da operação Compliance Zero, que tem como objetivo o combate de emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional (SFN). Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central (BC), substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.

A Polícia Federal (PF) apreendeu, por meio da operação, mais de R$ 230 milhões em bens de suspeitos de fraudes no Banco Master, incluindo veículos, dinheiro em espécie, relógios, joias, obras de arte e uma aeronave.

Até o momento, seis pessoas foram presas, sendo quatro preventivamente e duas temporárias. Entre elas, Daniel Vorcaro.

Saiba o que foi apreendido:

  • Veículos: R$ 9,2 milhões
  • Dinheiro em espécie: R$ 2 milhões
  • Relógios: R$ 6,15 milhões
  • Joias: R$ 380 mil
  • Obras de arte: R$ 12,4 milhões
  • Aeronave: R$ 200 milhões
Divulgação/PF
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Investigações

A Polícia Federal informou que as investigações começaram em 2024, após uma requisição do Ministério Público Federal (MPF) para apurar a possível criação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira.

Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, posteriormente, substituídos por novos ativos sem a devida avaliação técnica, após fiscalização do Banco Central (BC).

O Banco Master emitia CDBs e prometia pagar até 40% acima da taxa básica do mercado. No entanto, esse retorno não existia. Segundo a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 12 bilhões.

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