Criminosos invadem casa em Santo André (SP), fazem família refém e abusam sexualmente de mulher
Bandidos conseguiram entrar no imóvel ao escalar o muro da residência vizinha; vítimas só perceberam a invasão quando os meliantes já estavam dentro do local
SBT Brasil
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que um criminoso de capuz entra em uma conveniência para sacar dinheiro de um caixa eletrônico. Do lado de fora, um comparsa aguardava no carro. Nenhum cliente percebeu que o dinheiro retirado vinha de um sequestro: o morador de uma casa em Santo André, na Grande São Paulo, havia sido rendido e obrigado a acompanhar os assaltantes.
"Me amarraram, colocaram uma venda na cabeça. A gente nunca imagina que isso pode acontecer", relatou a vítima, que preferiu não se identificar.
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Segundo o morador, os bandidos conseguiram entrar na casa ao escalar o muro da residência vizinha. As vítimas só perceberam a invasão quando os criminosos já estavam dentro do imóvel. Durante horas, a família foi mantida refém.
"Mandaram eu ficar quieto, vasculharam tudo, olharam minhas contas bancárias, fizeram empréstimos, Pix, TED... Me levaram duas vezes no caixa eletrônico", contou. As transferências foram feitas de contas em diferentes bancos, como Itaú e Bradesco.
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O prejuízo ultrapassa R$ 50 mil, além de três celulares e eletrodomésticos levados. Mas o maior sofrimento veio com a violência: "Um dos meliantes que ficou aqui acabou abusando da minha esposa. Situação completamente constrangedora. Além do roubo, ainda fizeram essa maldade. Minha esposa nunca fez mal nem pra uma borboleta", desabafou o morador.
A mulher passou por exame de corpo de delito no IML e foi atendida no Hospital da Mulher, onde recebeu acompanhamento especializado.
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Após o crime, os bandidos fugiram levando o carro do casal. A Polícia Militar isolou a área até a chegada da Polícia Científica, que coletou impressões digitais e materiais para análise. O veículo usado no sequestro foi localizado e passou por perícia. Até o momento, ninguém foi preso.
Abalado, o morador ainda não sabe se vai continuar vivendo na mesma casa. Ele encerrou o relato com um pedido: "Eu só quero justiça."