Corpos de homens desaparecidos no Paraná estavam em vala com perfurações de arma de fogo

Os corpos dos homens desaparecidos no Paraná, que foram encontrados nesta sexta-feira (19), estavam enterrados em uma vala e com marcas de tiros. As vítimas saíram de São José do Rio Preto (SP) para cobrarem uma dívida em Icaraíma, no noroeste do estado.

Segundo o secretário da Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, os quatro corpos estavam enterrados em uma vala, uns sobre os outros, iniciando o processo de decomposição.

“Foi possível a identificação visual preliminar. Eles estavam com perfurações de arma de fogo. Também foram localizados os pertences deles”, disse.

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Conforme a Polícia Civil, a última etapa das buscas teve início na manhã de quinta-feira (18). O trabalho se concentrou nos arredores do veículo das vítimas, que foi a última evidência material encontrada.

Por volta das 23 horas, as equipes localizaram uma área com sinais de alteração no solo, dissimulada sob galhos e vegetação seca. Durante as escavações, os policiais encontraram os corpos, que realmente estavam a cerca de 500 metros do ponto onde a picape foi achada.

“Após 44 dias de buscas, foram localizados na madrugada de ontem para hoje os quatro corpos das pessoas que estavam desaparecidas em uma área próxima ao local onde foi localizado o veículo no dia 12 de setembro no município de Icaraíma”, afirma o secretário.

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Desaparecidos desde agosto

Desde o desaparecimento, a polícia passou a tratar o episódio como um caso de homicídio. As vítimas foram identificadas como Alencar Gonçalves de Souza, Diego Henrique Afonso, Rafael Juliano Marascalchi e Robishley Hirnani de Oliveira.

No dia 4 de agosto, três deles (Diego, Rafael e Robishley) saíram de São José do Rio Preto, em São Paulo, para cobrar uma dívida em Icaraíma. Eles se encontraram com Alencar, que já estava na cidade.

Os homens teriam combinado com o devedor que voltariam para cobrar no dia seguinte. No entanto, em 5 de agosto, os quatro saíram e desapareceram.

Suspeitos foragidos

Segundo a investigação, a família de Antonio Buscariollo, de 66 anos, e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22 anos, comprou uma propriedade rural de Alencar por R$ 255 mil, mas o imóvel não foi pago totalmente. As vítimas teriam ido até a fazenda, localizada no distrito de Vila Rica do Ivaí, para cobrar a dívida.

No dia 6 de agosto, a polícia foi até a propriedade e levou pai e filho à delegacia. Eles negaram relação direta com a dívida e foram liberados.

Dias depois, ao deixarem a propriedade após os depoimentos, passaram a ser considerados suspeitos. A Justiça expediu mandados de prisão temporária, mas até agora ambos não foram localizados.

Em 12 de setembro, a picape das vítimas foi encontrada enterrada dentro de um bunker, coberta por uma lona e com marcas de sangue.

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Antonio e Paulo Buscariollo são apontados como principais suspeitos de envolvimento no crime. Ambos seguem foragidos e a polícia mantém diligências para localizá-los.